Na audição da Secretária Regional da Cultura, Ciência e Transição Digital, a deputada do Bloco de Esquerda, Alexandra Manes, lamentou que, mais uma vez, a cultura fosse o “parente pobre do orçamento” e criticou a continuidade do desinvestimento e desconsideração pelo setor.
O investimento residual na dinamização cultural, agora que os constrangimentos associados à pandemia se encontram atenuados, foi uma das principais críticas feitas aos valores previstos para 2022. Alexandra Manes questionou ainda a falta de verbas específicas para o turismo cultural que impedem uma base técnica para executar as intenções propostas relativamente a este tema. Também o património cultural histórico e arqueológico da região estiveram no foco da sua intervenção, por falta de verbas para as candidaturas do património imaterial que vêm referenciadas no plano.
Outro dos motivos de preocupação foi o da educação para o património, ausente das ações de educação para a cultura que, defende, é essencial para a preservação das boas práticas patrimoniais. Relativamente à ciência, a deputada defendeu ainda uma maior aposta na diversificação dos temas de investigação espacial para fazer juz às intenções patentes na proposta do plano regional anual de 2022.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU