O Património Subaquático dos Açores foi distinguido pela Comissão Europeia com a Marca do Património Europeu numa cerimónia realizada esta semana em Bruxelas.
De acordo com a Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, o prémio da Comissão Europeia destina-se a “manifestações culturais e sítios de elevado interesse na área do património cultural, que conjuguem a herança histórica, arqueológica e imaterial da identidade europeia”.
A titular da pasta dos Assuntos Culturais explica que esta é “a distinção de maior relevo, a nível europeu, no âmbito do património cultural, pretendendo aumentar o sentimento de pertença à União Europeia”.
“Os Açores foram notificados em 2019 com esta distinção, contudo, devido à pandemia, a cerimónia de entrega dos prémios foi adiada para este ano, tendo sido premiados também os lugares distinguidos em 2021”, explicou.
O processo foi iniciado em 2018, “na sequência da criação do Roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores”, candidatando ao prémio “todo o Património Subaquático do arquipélago inventariado até então”.
Segundo a governante, “desde a década de 70, foram detetados, através de sucessivos trabalhos arqueológicos em todo o arquipélago, mais de uma centena de naufrágios, registados na Carta Arqueológica dos Açores, existindo cerca de um milhar de sítios documentados”.
“O arquipélago dos Açores corresponde a um dos sítios, ao nível mundial, com maior potencial patrimonial nas suas águas, sendo que a estratégia em curso passa por valorizar e capitalizar esses ativos, ao nível turístico e económico, com parcerias com centros de investigação, e protegê-los, através da criação de ferramentas legais para os devidos efeitos”.
A par da distinção dada aos Açores em 2019, foram também premiados espaços em França, Itália, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Hungria, Republica Checa, Polónia e Eslovénia.
A Marca do Património Europeu já distinguiu 60 sítios da União Europeia. Portugal é distinguido agora pela quarta vez. O Património Subaquáticos dos Açores junta-se agora à Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal, à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e à Ponta de Sagres.
GRA/RÁDIOILHÉU