
Dizem os entendidos e os mais antigos que o que é cultivado à beira-mar tem outro sabor e gosto. Sejam as couves ou outros alimentos, ganham gosto com a maresia e o clima de lugares como a Ponta que beija o mar e o Ilhéu do Topo, com a Terceira ao fundo. António Oliveira emigrou com 36 anos para a Califórnia. Levou consigo os seis filhos e 600 dólares. Em 1986, na sua chegada às terras do tio Sam, nunca lhe faltaram a resiliência, o trabalho e a força que caracterizam o açoriano.
Estivemos à conversa com este jorgense que regressou à sua terra há alguns anos e que prefere passar os seus dias à beira-mar, onde nos abriu o baú das memórias de outros tempos.
Francisco Batista é um dos seus amigos, ajudando-o a manter este espaço cultivado e trabalhado com o suor de uma vida dedicada ao campo e à vida rural, numa ponta do Topo pitoresca, como tantas outras que caracterizam a ilha.
À conversa com António Oliveira e Francisco Batista, um São Martinho diferente — cheio de memórias vivas e recordações dos tempos de emigração na ilha de São Jorge.






