O Comando Regional dos Açores, através da Esquadra de Investigação Criminal – EIC, da Divisão Policial de Ponta Delgada, procedeu, no passado dia 04 de janeiro, na vila de Capelas, à detenção de um homem, com 44 anos, por suspeita da prática do crime de violência doméstica.
A detenção ocorreu na sequência de investigação dirigida pelo Ministério Público de Ponta Delgada e delegada na PSP que através da sua Equipa Especializada de Violência Doméstica tem vindo a desenvolver diversas diligências que permitiram a recolha de indícios da prática de várias condutas violentas perpetradas pelo suspeito, enquadráveis no crime de violência doméstica, designadamente maus tratos físicos e psíquicos que o mesmo veio, nos últimos tempos, a infligir de forma continuada à sua cônjuge, com a agravante de que parte desses atos foram presenciados por filhos menores.
Identificado um agravamento da situação, com perigo eminente para a vítima, a PSP avançou com a detenção fora de flagrante delito, sendo o arguido detido pela primeira vez a 29 de dezembro de 2022, sendo sujeito a 1.º interrogatório judicial e aplicada as medidas de coação de afastamento e proibição de contactos com a vítima.
Posteriormente, na noite do dia 03 de janeiro, o arguido foi surpreendido por polícias da Esquadra das Capelas a violar as medidas de coação que lhe haviam sido impostas, quando tentava introduzir-se na casa da vítima. No imediato foi intercetado e impedido de concretizar os seus intentos, sendo desenvolvidas mais diligências investigatórias, sendo apurado um cenário de contínua importunação em contexto de violência doméstica.
Perante os indícios constatados, a PSP promoveu a nova detenção do arguido, fora de flagrante delito, por ordem da autoridade de polícia criminal, fazendo-o apresentar em interrogatório judicial, tendo o juiz de instrução criminal decidido pelo agravamento das medidas de coação impostas, ao decretar a aplicação de prisão preventiva.
O Comando Regional da PSP dos Açores relembra que a violência doméstica é um crime de natureza pública e que pela sua gravidade e complexidade integra, o lote de crimes de prevenção e investigação prioritária, revelando-se, assim, importantíssima a denúncia às autoridades de todas as circunstâncias passíveis de enquadrar este flagelo criminal com expressão significativa em todo o território nacional.
CT/AÇORES/RÁDIOILHÉU