No âmbito das Jornadas Parlamentares, o Grupo Parlamentar do CDS-PP está presente na ilha do Pico, tendo reunido com a Azores Wine Company, com a Pico Wines e ainda com a ACIP.
Catarina Cabeceiras, líder do Grupo Parlamentar, afirma que “no que toca a turismo sustentável, a ilha do Pico é um dos melhores exemplos, pois a vinha e a paisagem da vinha são sem dúvida um produto de excelência, quer pela imagem, que é uma das imagem de marca da ilha do Pico, mas também da Região, quer pelos produtos de alta qualidade que são os vinhos do Pico, com inúmeros prémios recebidos e que constituem um produto de valor acrescentado. Por outro lado, o enoturismo é um segmento com margem de crescimento e que deve ser potencializado.”
No decurso das reuniões, a líder do grupo relatou que “no trabalho que tem vindo a ser realizado, conseguiu se detetar que o desafio da falta de mão de obra é transversal a todas a áreas e, neste sentido, é importante que a postura do governo se mantenha, e que continue a agir na lógica de construção de habitações de arrendamento com possibilidade de aquisição, porque muitas vezes a grande dificuldade na fixação dos jovens prende-se com a falta de habitação disponível para arrendamento”. Para Catarina Cabeceiras, parte da solução do problema passa, por um lado, por “qualificar a mão de obra indiferenciada, e por outro lado, por captar e fixar mão de obra qualificada.”, disse.
Na sequência destas reuniões “foi-nos deixado o alerta da necessidade de fiscalização do sector de produção vitivinícola, sobretudo no período de vindimas que se aproxima, por forma a garantir a autenticidade destes produtos.”
Neste primeiro dia de jornadas, o Grupo Parlamentar também reuniu com a Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico, bem como visitou o Centro Interpretativo da Paisagem da Cultura da Vinha.
A líder parlamentar salientou que “não podemos esquecer que temos um produto de referência, um produto de valor acrescentado e diferenciado, que é a paisagem da cultura da vinha e os vinhos produzidos na ilha do Pico. Nesse sentido é necessário apostar numa promoção diferenciada, com um bom posicionamento no mercado, para que isso se reflita em retorno para a economia local e regional, nomeadamente para o produtor.”
Relativamente aos programas de apoio como o VITIS, Catarina Cabeceiras afirmou “existe um grande potencial na recuperação e na reconversão das vinhas, que até ao momento têm estado perdidas e que se tentará unir esforços para ir ao encontro desta necessidade que os produtores têm vindo a sentir.”
Em nota de conclusão, o Grupo Parlamentar indicou que “no contexto do turismo sustentável, é necessário ter em conta as realidades e particularidades de cada ilha e, no caso da ilha do Pico, a vinha e a paisagem da cultura da vinha são incontornáveis para a distinguir de todas as outras. O “Destino Acores” deve ser promovido, num todo, como turismo de natureza de excelência, mas salientando sempre as singularidades que distinguem cada uma das nove ilhas.”
CDS/AÇORES/RÁDIOILHÉU