Numa miragem repentina volveram-se 3 anos desde que este Governo Regional tomou posse numa ginástica parlamentar e governativa. Durante este período, muitas vezes, o interesse partidário esteve à frente dos interesses da região. Além disso, denota-se a incapacidade em dar resposta aos problemas sentidos na região, desde a habitação à agricultura.
O PRR na Habitação está com uma taxa de execução de 8% em 3 anos . Quando o atual Governo Regional, numa fase inicial, apregoava que os 60 milhões eram um montante baixo para fazer face aos problemas da habitação, demonstra ser incapaz de sequer executá-lo. Atenção que falta 1 ano e pouco para todos os projetos do PRR serem finalizados.
Na Educação , tivemos um início de ano letivo atribulado, embora o marketing político do Governo Regional tenha tentado dar uma imagem de que correu muito bem. Todavia, escolas fecharam, outras continuam sem recursos humanos para manter as portas abertas depois das 13H, deixando muitos pais em situações desfavoráveis, por não conseguirem ficar com os seus filhos.
Na Agricultura, ouvimos os agricultores a exigir pagamentos em atraso, ainda para mais numa altura onde os juros subiram, os custos de produção subiram, o preço do leite baixou, deixando os produtores sem suporte numa altura tão difícil.
Nas Pescas, o caso também não é melhor, o Governo Regional fechou-se no seu gabinete e decidiu sobre as áreas marinhas protegidas sem ouvir os pescadores, prejudicando centenas de famílias que vivem do sustento do mar.
Como se tudo isto não fosse suficiente, temos um Governo Regional que diz “A” sobre o assunto dos despedimentos que ocorreram no concelho da Praia da Vitória, uma Câmara Municipal que diz “B”. Então, um governo PSD/CDS/PPM não se entende com a sua Câmara Municipal PSD/CDS?
Não podemos viver numa utopia, a realidade é outra, a realidade é que a dívida pública aumentou, os serviços pioraram e os sistemas de incentivos só agora voltaram a ficar operacionais, deixando os empresários sem qualquer tipo de apoio durante 3 anos, algo que antes nunca era feito.
Opinião Presidente da JS/Açores, Russell Sousa
