Quantas e quantas vezes ouvimos o padre Dinis Silveira agradecer publicamente os seus paroquianos com esta expressão? Somos realmente poucos, mas será que somos bons?
Os últimos dias deixaram-nos com sérias dúvidas, ao ponto de pensarmos que não somos assim tão bons. Uns não são porque, como nós, ficam imóveis, e mesmo não concordando com o que tem sido dito, ficam à espera que de alguma forma pare, acatando silenciosamente, as afrontas verbais que têm sido feitas à integridade do nosso pároco. Outros, alguns deles movidos por quezílias antigas, reuniram simpatizantes e, desmesuradamente e sem qualquer pudor, aproveitaram esta última ocorrência como uma oportunidade para rebaixar, ofender e denegrir quem, a nosso ver, tem feito tanto pelas paróquias do Topo e Santo Antão.
«Não fez sozinho», podem dizer ou pensar alguns. Pois não, não fez. Mas mostrou interesse no que era preciso, tomou a iniciativa, pensou, projetou, pediu apoios, pediu ajuda, participou e dobrou-se a trabalhar. Para quem foi tudo isto? Para ele? Não, para todos nós que vivemos aqui ou para todos os que têm este lugar que os viu nascer no coração.
«Não fez mais do que a sua obrigação!» FEZ! É um homem de trabalho, empreendedor e que também tem estas paróquias no coração. Como pastor, poderia ter investido apenas o tempo necessário no acolhimento e agrado das suas ovelhas, o necessário na manutenção dos templos,… igreja e renovou estruturalmente as várias igrejas e ermidas que tem a seu cargo. Do Topo às Pedras Brancas temos vitrais, altares novos, santo restaurados, telhados substituídos ou melhorados, pinturas interiores e exteriores, espaços exteriores calcetados e jardinados, movimentos religiosos em atividade, festas religiosas e profanas,… e ainda há mais para fazer. Merece tão grande desfaçatez?
O tempo passa e as feridas curam-se… será? Até estas ofensas que têm sido proferidas ao longo dos últimos dias? Sentimos pesar, ao vermos que tiramos do nosso tempo, do tempo que nunca temos disponível, do tempo que não chega para nada, mas que deu para esta amostra pública de ingratidão, de difamação, chamando nomes, que nos causam algum despeito em pensar ou referir.
Para além das duas araucárias que têm sido o motivo deste alevante, escreveu-se também sobre o corte da araucária de São Pedro. Foi há pouco tempo e já se esqueceram que a dita árvore estava a pôr em risco a Ermida de São Pedro? Esta ermida é APENAS E SÓ um dos templos mais antigos da ilha, que remonta ao tempo dos primeiros povoadores. Não terá algum valor?
Todos temos direito a manifestarmos a nossa opinião, mas cremos que quando ultrapassamos o respeito pelo próximo, perdemos certamente a razão.
//Este é um artigo de opinião dos paroquianos do Padre Dinis Silveira enviado para a redação da Rádio Ilhéu, que contou com as assinaturas de vários paroquianos (315). Em causa está a falta de respeito e difamação manifestada nos últimos dias contra o Pároco Dinis Silveira.