MADALENA | AnimaPIX acolheu centenas de crianças e jovens do Pico numa programação diversificada
Do livro ilustrado à grande tela, AnimaPIX, o festival de animação na ilha do Pico, acolheu centenas de crianças e jovens, durante uma semana de programação na Biblioteca Auditório da Madalena.
Curtas e grandes filmes ocuparam parte da programação, mas a MiratecArts está a investir cada vez mais em workshops e momentos de animação que inclui interação entre as várias gerações, para desenvolver uma sociedade mais sensibilizada para com o outro. De acordo com Terry Costa, a importância de parcerias criativas é cada vez mais impulsionadora para a execução destes projetos, como por exemplo o trabalho com RJ Anima, que nas últimas quatro edições tem garantido uma diversidade de contadores de histórias.
Com origens em São Miguel, radicada em Sintra, Lucrécia Alves desenrola contos em teatro de papel com bonecos em crochê. “Depois de quatro viagens ao Pico, a sensação que temos é que é sempre a primeira. Sempre diferente porque conhecemos novos criativos que passam a ser parte da nossa lista de amigos. E, nos Contos… a alegria expressa, especialmente nos olhos das crianças, é o suficiente para querer voltar.”
“AnimaPix é um Festival onde a arte nos envolveu: cinema, artes visuais, performance e narração de histórias”, expressa Cecília Guerra, oriunda da Beira Baixa, que dedica-se à exploração do conto tradicional. “Enriqueceu-nos o contacto humano, o que fizemos e o que vimos fazer. Mas o que mais me marcou foi ver como centenas de crianças usufruíram de tantas experiências maravilhosas.”
O artista Luis Parreira, a escultora, ilustradora e contadora Bianca Mendes, o argumentista de banda desenhada Marco Fraga Silva, os cineastas Abi Feijó e Regina Pessoa, a ilustradora Vera Bettencourt, e o músico Rui Silva também fizeram parte da equipa do festival. Celebrando os 170 Anos da verdadeira Alice, 100 anos de Saramago em ilustração, os novos livros “Néveda nas Américas”, a banda desenhada “Uluru – Crónicas do Tempo e do Espaço”, e a sétima arte através do melhor da animação portuguesa e a obra nomeada ao Óscar para melhor filme estrangeiro, e ao mesmo tempo melhor filme de animação, Flee – A Fuga, entre outros programas, incentivam para um mundo mais tolerante e criativo. Rui Silva liderou workshops de percussão com os mais novos. “Foi um orgulho participar pela primeira vez no AnimaPIX. O que está a acontecer aqui é um trabalho muito lindo que vai ter um grande impacto nesta ilha a longo prazo.”
O epicentro do festival é a Biblioteca Auditório da Madalena, onde jovens e crianças, dos três concelhos da ilha do Pico, desfrutaram da programação, como se tivessem numa das grandes cidades culturais do mundo. A próxima edição do AnimaPIX vai investir ainda mais na secção de animação de rua e workshops em áreas inexploradas, avança Terry Costa, o diretor artístico da MiratecArts e fundador do AnimaPIX. Fica assim marcado encontro para dezembro 2023.
MIRATECARTS/RÁDIOILHÉU
