ITÁLIA | Siza Vieira assina instalação que representa a Santa Sé na Bienal de Veneza
Ecclesia – O arquiteto português Álvaro Siza Vieira é o responsável escolhido pela Santa Sé para a instalação que a representa na Bienal de Arquitetura de Veneza, anunciou ontem o Vaticano. O cardeal José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação e comissário do Pavilhão da Santa Sé, expressou, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a sua satisfação pelo regresso a Veneza, cinco anos depois, numa edição que celebra o papel dos arquitetos na criação de um futuro melhor e mais sustentável.
O responsável português assinala que a segunda presença da Santa Sé na Bienal de Veneza quer ser “uma manifestação do desejo da Igreja de estar próxima, não apenas do mundo da arquitetura, mas das artes em geral, e deve ser vista como uma declaração programática de como o Dicastério procurará garantir a presença da Igreja nesses lugares, eventos e espaços onde os artistas se reúnem”.
A Bienal de Arquitetura decorre de 20 de maio a 26 de novembro de 2023 e a Santa Sé vai ocupar os atuais edifícios do Mosteiro Beneditino e nos jardins da Abadia.
O pavilhão do Vaticano vai ser dedicado tema da amizade social, desenvolvido pelo Papa Francisco nas suas ‘Encíclicas Laudato si’ (2015) e ‘Fratelli Tutti’ (2020), evocando o décimo aniversário do seu pontificado.
Álvaro Siza Vieira, prémio Pritzker em 1992, e o colectivo italiano Studio Albori (Emanuele Almagioni, Giacomo Borella, Francesca Riva) apresentam as suas obras, em diálogo com o tema geral da Bienal, ‘O Laboratório do Futuro’ proposto por Lesley Lokko, curador da edição de 2023.
“A instalação ‘O Encontro’, de Álvaro Siza Vieira, acolhe e conduz o visitante, que dialoga com as peças desenhadas pelo mestre, ao espaço exterior. Este último, com um novo jardim projetado pelo Studio Albori, será apresentado com um novo arranjo. Este espaço, normalmente reservado à comunidade beneditina, será aberto à visita”, indica a nota da Santa Sé.
A Santa Sé estreou-se nesta Bienal de Arquitetura em 2018, quando expôs dez Capelas nos jardins da Ilha de San Giorgio Maggiore, incluindo uma obra do português Eduardo Souto Moura.
OC/AE/RÁDIOILHÉU
