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FAJÃ DE BAIXO | Sala cheia nos Açores para receber “Insignes Açorianos” de Adélio Amaro

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Autoridades locais e uma sala repleta de amantes da literatura e da cultura participaram no lançamento do primeiro volume do livro “Insignes Açorianos”, do escritor português Adélio Amaro, que decorreu no último dia 2 de setembro no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Fajã de Baixo, na ilha de São Miguel, Açores. A obra homenageia nomes que “elevaram os Açores na sua rica História”.

Este volume de estreia conta com as 60 primeiras crónicas assinadas por Adélio Amaro e publicadas no jornal “Açoriano Oriental”, sobre 141 figuras das nove Ilhas Açorianas, num total de 178 páginas, no formato 23×15 e 20 fotografias de bustos ou estátuas existentes no Arquipélago e referentes a outros insignes que são focados no livro. A edição é da responsabilidade da BiblioRuralis – Associação Cultural, sem fins lucrativos.

O evento, que teve sala cheia, contou com a presença de Sofia Ribeiro, Secretária Regional da Educação e Assuntos Culturais, de José de Mello, em representação da Câmara Municipal de Ponta Delgada, de Miguel Brilhante, do Gabinete da Secretaria Regional do Turismo, e de Luís dos Anjos, presidente da Junta de Freguesias da Fajã de Baixo.

Segundo Adélio Amaro, este livro é fruto de um intenso trabalho de pesquisa

“Foi muito gratificante fazer a primeira apresentação de “Insignes Açorianos” nos Açores, concretamente na Junta de Freguesia da Fajã de Baixo, na ilha de São Miguel. A apresentação correu muito bem, perante sala cheia. Este livro é o primeiro volume de vários que estão previstos e é uma forma de homenagear Açorianos que, ao longo dos tempos, ajudaram a construir a História dos Açores. Este primeiro volume contém as 60 primeiras crónicas, sobre 141 insignes açorianos, que foram publicadas no jornal Açoriano Oriental, aos domingos. Atualmente, já vai em 153 artigos sobre 340 açorianos. Estão previstas mais apresentação em Portugal continental e ilha, assim como em França e no Brasil”, sublinhou o autor.

José Andrade, diretor regional das Comunidades do governo dos Açores, reforçou, ainda nas páginas do livro, que, apesar de o autor não ter nascido nos Açores, “tem alma micaelense e sangue nordestense”, uma vez que “o seu pai é natural da freguesia da Algarvia, no concelho do Nordeste, mas ele próprio já nasceu em Leiria, onde reside”.

“Ainda assim, tem a cabeça no continente e o coração na ilha. (…) Cabe-nos, enfim, agradecer e enaltecer o esforço notável de Adélio Amaro, que, desta forma, assume também, ele próprio, o merecido estatuto de insigne açoriano”, defendeu José Andrade.

As próximas apresentações da obra estão agendadas para os dias 28 de setembro, 19 de outubro e 25 de novembro, na Casa dos Açores de Lisboa, no Consulado-Geral de Portugal em Paris e em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Experiência em literatura e etnografia

Adélio Amaro nasceu em Leiria, em 1973. Entre vários cursos frequentou Design da Comunicação e História de Arte do Século XX. Atualmente, é presidente do Centro de Património da Estremadura (CEPAE), da BiblioRuralis – Associação Cultural e consultor para a Cultura Popular do Município de Leiria. É ainda diretor do jornal “Gazeta Lusófona”, da Suíça, desde 2020, e coordenador editorial da editora “Portugal Mag” (Paris, França), desde 2010.

É autor e coordenador de 70 livros, sendo uma dezena deles publicados nos Açores, com destaque para a monografia da Algarvia, com quase 900 páginas, terra natal do seu pai, assim como outros sobre a história da igreja da Algarvia e a Filarmónica Estrela do Oriente.

Foi jornalista profissional entre 1996 e 2005, diretor e fundador de vários jornais. Colabora na imprensa de Portugal, Suíça, França, Brasil, Canadá e EUA, com artigos publicados em mais de 80 jornais e revistas. Foi fundador e sócio-gerente da editora Folheto Edições (2003-2015). Já participou ou coordenou dezenas de congressos e ações de formação, em países na Europa, Ásia e América e, nesses mesmos continentes, fez diversas intervenções, palestras, prefácios e apresentação de livros, organizando, também, dezenas de eventos culturais.

Diversas vezes distinguido, com destaque para a “Comenda da Paz Nelson Mandela”, atribuída pelo Conselho Internacional dos Académicos de Ciências, Letras e Artes e Instituto Comnène Palaiologos de Educação e Cultura, Entidade Académica Signatária do Pacto Global da ONU, assim como, entre outras, a “Medalha do Município de Leiria” (2014), Troféu “Etnografia e Tradição” (2019) da Fundação INATEL e, recentemente (2021), a “Moção de Honra ao Mérito” pela Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina, do Rio de Janeiro, também Signatária da ONU.

Impulsionou Antologias e Coletâneas de Poetas Lusófonos em 24 países, com a participação de mais de 400 poetas de todos os continentes, com destaque para as cinco Coletâneas de Poesia Lusófona em Paris e as sete Antologias de Poetas Lusófonos.

É membro de várias Associações e Academias em Portugal, França, Brasil, Suíça e Canadá, tendo sido, em 2019, empossado Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Brasil.

É coordenador da coleção nacional “Memórias Fotográficas”, já com 18 volumes, sobre Ranchos de Folclore, Bandas Filarmónicas e Grupos Corais.

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.