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FAIAL | Festival Maravilha um oásis de tolerância e inclusão no meio do Atlântico 

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Pode haver um oásis no meio do oceano? Sim, o Festival Maravilha, que é no mar  e que é na ilha (deste caso do Faial, Açores), propõe-se a isso mesmo: ser um  oásis onde todos são bem-vindos. Habitantes da ilha, marinheiros de passagem,  acrobatas atores, músicos, artesãos cozinheiros, imigrantes e turistas, todos se  reúnem neste porto seguro onde há espaço para celebrar a Maravilha. 

E o que é a Maravilha? Marionetas gigantes, acrobacias em veleiros, um concerto  flutuante da cantora do Mali Rokia Koné, onde a audiência assiste embarcada ou  um concerto intimista à hora de jantar do açoriano Romeu Bairos. Podem ser  marionetas gigantes, acrobacias em veleiros ou brincadeiras em baloiços  improvisados nas árvores do recinto. 

Esta é já a 6ª edição do Festival, organizado pela Associação Cultural Fazendo.  Em 2025 o festival divide-se em dois grandes momentos: de 18 a 22 de junho na 

Praça do Infante – no centro da Horta e junto à marina e de 17 a 20 de julho no  mar, entre a praia de Porto Pim e a Marina da Horta.  

A programação, multidisciplinar e eclética, inclui música, circo contemporâneo,  artes visuais e intervenções criativas no espaço público. Do cartaz musical fazem  parte nomes como Virgem Suta, Farra Fanfarra, Rokia Koné, Romeu Bairos, Anti  Dress Code, Pedra Lume, Pedro Lucas + Daniel Catarino, Oboé com Asas,  Porbatuka, Grupo Folclórico do Salão e Lokta marcam presença com concertos ao  ar livre e espetáculos flutuantes. 

Do cartaz de artes de rua artes de rua fazem parte companhias nacionais e  estrangeiras como Wakouwa Teatro, 5ª Oficina, Estúdio 13, Cães do Mar,  Companhia La Margen e Rue de Titans, que, com as suas marionetas gigantes,  prometem surpreender públicos de todas as idades. 

O espaço público será ainda palco para intervenções artísticas dos criadores  Pantónio e Fulvio Capurso, criando diálogo entre a arte contemporânea e a  paisagem urbana e rural. A Praça do Infante, por sua vez será convertida num  recinte acolhedor para todos os públicos, desde os 0 aos 100 anos, com  programação contínua e acessível. A habitual Feira de Comidas de Rua e uma  forte componente participativa, o festival mantém-se fiel ao seu mote “É no mar!  É na ilha!”, convocando a comunidade a sair de casa e ocupar o espaço público  com arte, festa e imaginação. 

Em julho, o Maravilha volta a aventurar-se no mar, com uma série de concertos  flutuantes, workshops náuticos, corridas de barcos improvisados e um momento  especial com o irreverente DJ Gaiteirinho, entre ondas e mastros. 

Sobre a Associação Cultural Fazendo 

Criada em 2009, a Associação Cultural Fazendo nasceu da vontade de criar  projetos colaborativos, artísticos e editoriais. Com sede na Horta, publicou  durante anos o jornal Fazendo e lançou, em 2016, o Festival Maravilha. A  associação promove práticas culturais abertas à comunidade e aposta numa  programação exigente, diversa e acessível. 

Sobre o Festival Maravilha 

O Maravilha é um festival que transforma a Horta num laboratório de  experimentação artística, com foco nas artes de rua, na criação contemporânea  e na relação entre cidade, mar e cidadãos. Realizado desde 2016, já teve edições  em que o palco foi o próprio oceano, com espetáculos em barcos, jangadas e  flutuadores. Este ano, reafirma-se como um espaço onde “nós” e “os outros” se  encontram, celebrando a diversidade e a liberdade criativa.

FAZENDO/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.