Paz Ferreira lidera o acompanhamento do concurso público para a exploração da Santa Catarina. É acompanhado por Flávio Tiago e Francisco Lima.
Eduardo Paz Ferreira acaba de ser nomeado para presidir à comissão especial de acompanhamento do processo de concurso público internacional para a exploração da Fábrica Santa Catarina, em São Jorge.
Para além do professor de Direito da Universidade de Lisboa, foram também nomeados, por despacho da Presidência do Governo Regional, Flávio Tiago e Francisco Cota Lima. Os três membros desta comissão, “por solicitação dos próprios”, não irão auferir qualquer remuneração pelos serviços prestados.
“Fiscalizar a estrita observância dos princípios e regras consagrados na lei, bem como da rigorosa transparência do processo” é o que está atribuído à comissão.
Terá também que “elaborar os pareceres e relatórios que o Governo Regional entenda ser necessários sobre as matérias relacionadas com o processo; apreciar e submeter aos órgãos e entidades competentes quaisquer reclamações que lhes sejam submetidas” e “elaborar e fazer publicar o relatório final das atividades da comissão”.
A decisão de avançar com a concessão da conserveira jorgense já tinha sido anunciada pelo Governo Regional. O objetivo passa por ceder a exploração da unidade fabril a privados que irão ficar, futuramente, com a possibilidade de exercer opção de compra.
FÁBRICA COM TRADIÇÃO
A Santa Catarina está localizada no concelho da Calheta de São Jorge e resulta da reativação de uma antiga fábrica de conservas fundada nos anos 40 do século XX e entretanto desativada.
Em 1995 a fábrica foi reativada pela Câmara Municipal da Calheta e mais tarde, em 2009, foi adquirida pelo Governo Regional dos Açores através da Lotaçor.
A Santa Catarina é atualmente a principal empregadora privada na ilha de São Jorge, contando com 139 trabalhadores.
A fábrica foi reativada pela autarquia da Calheta com o objetivo principal de criar emprego e assim distribuir riqueza no concelho.
Em paralelo, foi decidido pelos responsáveis autárquicos que a laboração iria seguir métodos tradicionais para assim ser possível acolher antigos trabalhadores da fábrica desativada que passariam conhecimento a novos funcionários.
Os dois objetivos parecem ter resultado, uma vez que a Santa Catarina é hoje um grande empregador à escala local e o seu atum, laborado por métodos artesanais, é de alta qualidade.
DIÁRIOINSULAR/RÁDIOILHÉU