A Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, através da Direção Regional da Cultura, informa que o Centro de Conhecimento dos Açores (CCA) passou a disponibilizar no Portal Cultura Açores a obra de referência “Bibliografia Geral dos Açores – Sequência Açoriana do Dicionário Bibliográfico Português”, da autoria de João Afonso.
Divididos em três volumes impressos e digitalizados pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, nomeadamente o Tomo I com as letras A-BR, o Tomo II com as letras BR-CU, ambos editados em 1985, e o Tomo III com as letras CUN-FU, editado em 1997 pela então Secretaria Regional da Educação e Cultura, passam a estar disponíveis online, e a título póstumo, dois volumes inéditos: o Tomo IV com as letras GAD-MAR e o Tomo V com as letras MAS-NYL.
Esta nova publicação digital com informação inédita pode ser acedida na secção “Bibliotecas Digitais/Biblioteca Monografias e Periódicos”, conteúdo desenvolvido pelo CCA em www.culturacores.azores.gov.pt/cca/.
A “Bibliografia Geral dos Açores”, projeto coordenado por João Afonso, iniciou-se em 1978 e terminou, incompleto, no ano 2000, devido ao seu falecimento no ano de 2014, sendo uma obra de referência bibliográfica composta por 17 524 entradas, coligidas em bibliotecas e arquivos regionais, nacionais e internacionais com a colaboração de várias entidades públicas e privadas, e investigadores.
João Dias Afonso, nasceu em Angra do Heroísmo, em 1923. Escritor e jornalista, foi técnico superior principal de bibliotecas e arquivos, tendo sido diretor da Biblioteca Municipal de Angra do Heroísmo. Fez estudos históricos sobre baleação e museologia, com estágios nos E.U.A. (Nova Inglaterra e Califórnia) e no Reino Unido. Deve-se-lhe a organização do Museu Etno-Histórico dos Baleeiros dos Açores, nas Lajes do Pico.
Na Biblioteca de Angra, a que esteve ligado longos anos, desenvolveu apuradas pesquisas no âmbito da história, da etnografia e da bibliografia dos Açores. Fez uma longa carreira de jornalista na ilha Terceira (A União e Diário Insular), tendo sido redator da antiga Agência Nacional de Informação, em Lisboa. Foi orador de conferências e participou em diversos congressos no país e no estrangeiro.
Como poeta, surge no âmbito do modernismo insular de meados do século XX com uma poesia inspirada na “fase nemesiana”, tendo publicado três opúsculos de poesia, bem como numerosos ensaios e estudos sobre temas de história, literatura e etnografia dos Açores.
GA/RÁDIOILHÉU