ATUALIDADE | Vasco Cordeiro “perdeu autoridade política” após deixar dívida de 800 milhões na Saúde
O vice-presidente do PSD/Açores, Luís Maurício, considerou hoje que Vasco Cordeiro “perdeu autoridade política para falar sobre a Saúde dos açorianos, após ter deixado, enquanto presidente do Governo Regional, uma dívida de mais de 800 milhões no setor”.
“O número exato são 811 milhões de euros, que era a dívida da extinta Saudaçor, assumida depois pela Região, e uma das causas do descalabro financeiro em que o atual Governo da Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) encontrou o Serviço Regional de Saúde”, disse.
“Vasco Cordeiro não tem autoridade política para dirigir críticas ao trabalho árduo e sério que está agora a ser feito”, frisou o social-democrata.
“O processo da empresa pública Saudaçor é mais um dos assuntos sobre os quais o PS se esquece de falar, até porque o anterior governo regional [socialista] apenas extinguiu a mesma porque ela deixou de servir para esconder dívida pública, afinal o único propósito da sua criação”, afirmou.
Segundo Luís Maurício, “os danos causados pela Saudaçor na economia regional foram grandes e ainda se fazem sentir. Para além do enorme passivo daquela empresa pública, nunca os governos do PS conseguiram evidenciar as vantagens da sua constituição, em 2004, o que diz bem da forma como geriram os Açores durante 24 anos consecutivos”, adiantou.
O dirigente do PSD/Açores destaca “a transparência da atual governação, também ao nível da Saúde, sendo que tem sido feito um esforço enorme para debelar os problemas financeiros herdados da anterior tutela, com o executivo da Coligação a assegurar o reforço do financiamento às estruturas de saúde, até ao final do ano, em mais de 20 milhões de euros”.
“Tudo isto depois de confirmada a existência de uma dívida a fornecedores de 145 milhões de euros no final de 2020, relativa aos três hospitais e às unidades de saúde da região, como já esclareceu a Secretária Regional da Saúde e Desporto”, referiu Luís Maurício.
“Está a ser feito um trabalho diário visando a regularização desses valores, mas os factos são claros e a herança deixada pelo anterior governo socialista foi de 145 milhões de euros de dívida, a 31 de dezembro de 2020, aos fornecedores do setor da Saúde”, reforçou
“A prova disso é que, em 2021 e 2022, o Hospital do Divino Espírito Santo já pagou cerca de 16 milhões de euros a fornecedores”, lembrou também aquele responsável.
Luís Maurício concluiu, recordando que “em primeiro lugar tem estado sempre a qualidade na prestação de cuidados de saúde aos açorianos, pelo que não admitimos que Vasco Cordeiro e o PS ponham isso em causa, quando há claramente um reforço dos meios, e uma nova forma de os gerir, a bem do Serviço Regional de Saúde, que tanto padeceu com os socialistas no poder”.
PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU