ATUALIDADE | Unidade de Saúde de S. Jorge afasta para já surto de infeções respiratórias
O presidente do conselho de administração da Unidade de Saúde da Ilha de São Jorge, Francisco Fonseca, rejeita que existam, por agora, indícios de um surto de infeções respiratórias na ilha.
Foram recentemente evacuados dois pacientes com pneumonia para o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira. Francisco Fonseca afirma ao DI que há “um aumento de infeções respiratórias, nomeadamente de gripes e mais situações de pneumonias”, mas que isso estará “em linha de conta com a Região e a nível nacional”.
“Não temos um aumento do afluxo de pessoas à Urgência. O que temos neste momento é um fluxo normal. Há situações de infeção respiratória normal, gripe, a Covid-19 continua a existir, mas nada diferenciado”, sublinha. “Há situações de pneumonia que são tratadas nos internamentos da Unidade de Saúde, situações normais, várias ao longo do tempo.
São pessoas com algum tipo de patologia, com sistema imunitário mais fraco, mas não vamos dizer que seja uma coisa anormal. É normal, tendo em conta o pós-Covid, que levou a um aumento de casos desse género”, adiciona.
O presidente do conselho de administração na Unidade de Saúde da Ilha de São Jorge reforça que “neste momento, não há indício de que, em termos de número de atendimentos, haja algo que diga que em São Jorge a tendência é diferente da restante Região Autónoma dos Açores”.
Francisco Fonseca sublinha que, após a pandemia, os efeitos do confinamento prolongado em termos imunitários fizeram-se sentir. “Isto faz com que essas infeções respiratórias sejam mais fortes nas pessoas com idade menos avançada, em pessoas com 40, 50, 60 anos, algo que não era natural no pré-Covid”, adianta.
A Unidade de Saúde de Ilha fez, ontem, uma publicação sobre etiqueta respiratória nas redes sociais. “Fizemos essa publicação no Facebook, temos tido o cuidado de dizer nas unidades básicas de Urgência que pessoas que tenham esse tipo de situações de infeção respiratória têm de se resguardar, no sentido de se proteger com máscara. Não tomámos nenhuma medida extraordinária por causa disso, pedimos às pessoas que tenham esse tipo de comportamentos, como é normal. Estamos a analisar se será necessário tomar alguma medida. Por enquanto achamos que não, temos os afluxos normais ao Serviço de Urgência. Não consideramos que seja algo de muito anormal, tendo em conta o que se tem vivido nos últimos dois a três anos na Região”, vinca Francisco Fonseca.
Os casos de pneumonia que evoluem para algo mais grave, frisa, são evacuados para o hospital da ilha Terceira. “Esse tipo de casos segue o normal da insuficiência respiratória no quadro da doença aguda. Ou seja, quando os médicos da Unidade de Saúde, em contacto com os pneumologistas do hospital de Angra, acham que o utente precisa de um tratamento diferenciado, é proposta a evacuação, através do Serviço Regional de Proteção Civil e do médico regulador. Os dois casos recentes seguiram esse caminho”, assegura.
DI/RÁDIOILHÉU
