O Governo dos Açores repudia e desmente categoricamente as afirmações de Francisco César, líder do PS/Açores, relativamente a acumulação de dívidas junto do Grupo SATA.
É absolutamente falso que o Governo dos Açores tenha dívidas no montante de 30 milhões de euros perante o Grupo SATA.
Aliás, a relação financeira entre o Governo dos Açores e o Grupo SATA aos dias de hoje é, porventura, a mais cumpridora e fiável de sempre. O Governo dos Açores tem cumprido exemplarmente com todos os pagamentos a todas as empresas do Grupo SATA, relativos a diferentes contratos e serviços, incluindo da prestação de serviços de transporte aéreo interilhas, a concessão de aeródromos regionais, a “Tarifa Açores” e a “Tarifa PET”.
É até bom recordar que foi a atual coligação PSD/CDS/PPM que conseguiu liquidar uma dívida de dezenas de milhões de euros que a Região tinha perante a SATA, resultando de um legado inexplicável dos governos do Partido Socialista.
Consta, inclusivamente, do relatório da Auditoria do Tribunal de Contas ao Grupo SATA 2013-2019 a evidência dos “atrasos significativos no pagamento das indemnizações compensatórias devidas à Sata Air Açores”, que lesaram as contas da empresa e que determinaram “um aumento das necessidades de financiamento e o consequente recurso a dívida financeira para as suprir”.
Perante tudo isto, as declarações de Francisco César evidenciam uma total falta de responsabilidade e de capacidade, descredibilizando de forma bastante ostensiva a palavra de alguém com ambição política de concorrer à governação da Região Autónoma dos Açores.
A um líder exige-se credibilidade e lisura, mas também a capacidade para se informar adequadamente e analisar criticamente a informação que lhe é facultada. Das duas uma: ou Francisco César mentiu, sabendo que o Governo dos Açores nada deve à SATA, ou deixou-se enganar por aquilo que lhe disseram. Em qualquer dos casos, demonstra a sua total impreparação e incapacidade, algo que não é admissível em alguém que quer assumir o papel de líder da oposição.
Mais grave esta situação se torna quando este tom irresponsável e leviano é usado para falar de um grupo empresarial público que está em graves dificuldades económico-financeiras por responsabilidade dos governos do PS, alvo de um Plano de Reestruturação acordado com a Comissão Europeia, e que precisa de estabilidade para operar e de credibilidade para o relacionamento com os seus parceiros de negócio.
Não se compreende, não se aceita e não se tolera que o líder da oposição recorra a esta atuação inqualificável, pois a atividade política é uma causa nobre que exige decoro e noção da responsabilidade que se assume.
GRA/RÁDIOILHÉU