ATUALIDADE | Paulo do Nascimento Cabral em Valência no Congresso do Partido Popular Europeu
O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral participou, em conjunto com os colegas da delegação do PSD no Parlamento Europeu, no Congresso do Partido Popular Europeu (PPE) de 2025, realizado esta semana em Valência, Espanha, numa demonstração de solidariedade do maior grupo político do Parlamento Europeu face às inundações que afetaram a região no passado mês de outubro.
No congresso, Manfred Weber foi reeleito Presidente do PPE, e Paulo Rangel, atual Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros em Portugal, foi eleito Vice-Presidente do PPE. “Congratulo Paulo Rangel por esta eleição. É motivo de orgulho contar com uma voz portuguesa na liderança do PPE. Estou convicto de que a sua dedicação e competência serão determinantes para um desempenho de excelência nesta função e na resposta aos desafios que se colocam ao Partido Popular Europeu. Além disto, é sempre importante termos um português nestes cargos que podem ajudar a desenvolver o nosso trabalho de defesa dos interesses de Portugal, dos Açores e da Madeira”, realçou Paulo do Nascimento Cabral.
Neste Congresso, dedicado ao debate sobre o futuro da Europa e aos grandes desafios que esta enfrenta, estiveram em destaque temas como a Defesa, a Democracia, a Competitividade e a Demografia, tendo sido adotado um conjunto de resoluções, entre as quais se salientam propostas relativas às Regiões Ultraperiféricas, à habitação, à renovação geracional, à segurança alimentar, à resiliência hídrica, à competitividade e ao emprego.
“Foi com particular satisfação que testemunhei o maior grupo político do Parlamento Europeu defender, por unanimidade, que a agricultura e as pescas desempenham um papel fundamental na autonomia estratégica das Regiões Ultraperiféricas, e aprovar o reforço do envelope financeiro do POSEI no próximo Quadro Financeiro Plurianual, de forma a ter em conta o impacto da inflação e as consequências económicas da agressão da Rússia contra a Ucrânia. Acresce ainda a defesa intransigente da Política de Coesão, num momento em que estamos a tratar do seu futuro”, afirmou o Eurodeputado na ocasião.
Além disso, Paulo do Nascimento Cabral destacou ainda que na Resolução sobre as Regiões Ultraperiféricas foi reafirmado “o compromisso do PPE na defesa das questões relacionadas com a mobilidade, nomeadamente ao nível da regulamentação relativa às emissões dos transportes aéreos e marítimos (ETS Aviation e Maritime), que deve ter em conta a situação específica destas regiões, e relativamente à conectividade que é essencial para a competitividade e prosperidade. Por isso, a nossa posição é que os regulamentos têm de ser adaptados às especificidades das Regiões Ultraperiféricas para prevenir e mitigar qualquer impacto que daí resulte, respeitando o artigo 349º do Tratado de Funcionamento da União Europeia”.
Paulo do Nascimento Cabral foi um dos proponentes e participou ainda na reunião constitutiva da nova Associação de Agricultores do PPE (EPP Farmers). O Eurodeputado destacou a importância desta iniciativa para “reforçar o papel do PPE como voz ativa e defensora dos agricultores europeus e das comunidades rurais”, sublinhando que, “à semelhança de outros grupos de interesse do PPE, esta associação funcionará como uma plataforma independente destinada a agricultores e demais agentes do setor agrícola”.
O Eurodeputado do PSD acrescentou ainda que os objetivos do “EPP Farmers” passam por “promover a colaboração e solidariedade entre os agricultores europeus para enfrentar desafios comuns, como as alterações climáticas, a volatilidade dos mercados e práticas agrícolas mais sustentáveis, e disponibilizar uma plataforma de contacto e intercâmbio para eurodeputados do PPE, deputados nacionais e membros do PPE com interesse na política agrícola. Também aqui estamos presentes, com uma voz ativa dos agricultores portugueses, dos Açores e da Madeira”.
Além disso, na sequência da resolução sobre ‘a situação das Regiões Ultraperiféricas’, aprovada por unanimidade, e que realçou que as Regiões Ultraperiféricas são sistemas energéticos isolados que não podem ser ligados à rede do continente, apelando às instituições europeias para que promovam a autonomia energética destas regiões, Paulo do Nascimento Cabral sublinhou ainda que “o apagão na Península Ibérica, ocorrido coincidentemente no início desta semana, veio demonstrar precisamente a importância desta questão, uma vez que foi devido a esta independência nos sistemas elétricos que os Açores, a Madeira e as Canárias não foram afetados pelo incidente. Não obstante, temos de caminhar para uma situação de autossuficiência energética nas nossas regiões, aproveitando ao máximo os recursos naturais e renováveis de que dispomos. A segurança energética, alimentar e a defesa são, segundo um recente estudo do Parlamento Europeu, as áreas que em média mais preocupam os europeus e podemos, à nossa dimensão, resolver isto”.
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