A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros foi convidada pela Direção Regional da Saúde, para participar na reunião referente à temática “Carreira de Enfermagem” que se realizou hoje, dia 14 de dezembro, em Angra do Heroísmo.
No seguimento desta reunião, o Presidente do Conselho Diretivo Regional, Enfermeiro Pedro Soares, referiu: “Este é efetivamente um processo muito difícil, estamos a corrigir quase duas décadas de injustiças, esquecimentos, numa classe que sempre disse presente. Temos perfeita noção do esforço que a região está a fazer nestes últimos dois anos e meio no sentido de que todos os Enfermeiros açorianos tenham aquilo que por direito lhes pertence, e hoje é possível perceber que finalmente haverá uma valorização da classe, sendo exemplo para o que se passa a nível nacional.”
O Enfermeiro Pedro Soares explicou que, “um dos exemplos é o recente reposicionamento dos nossos Enfermeiros especialistas e gestores, que estavam em escalões intermédios, inclusive com colegas mais novos em posições remuneratórias mais avançadas, o que obviamente criava situações desmotivantes e injustas, entre outras situações práticas que começamos finalmente a ver corrigido. Como disse no passado, este processo que vimos defendendo para mais de cinco anos é uma maratona, com encruzilhadas legais, injustiças, erros, e sem a sua correção os cuidados de enfermagem viam a sua sustentabilidade nas nossas ilhas em causa.”
“Efetivamente ainda não terminámos, e devemos ser o mais célere possível no que ainda falta, situações perfeitamente identificadas, contabilizadas, e com impacto nas nossas instituições no dia a dia, mas principalmente nas diversas equipas, e foi isso que hoje discutimos, desenhando estratégias para as próximas etapas”, concluiu Pedro Soares.
À margem do assunto da reunião, tempo ainda para o Presidente da Ordem dos Enfermeiros lamentar que nos Açores, com a falta de enfermeiros nas instituições, com concursos a ficarem desertos, existam ainda algumas instituições privadas que ao invés de contratarem, estão a aderir ao Estagiar L, alguns não cumprindo depois na prática as respetivas regras, apelando ainda aos novos Enfermeiros a não aderirem a esta prática abusiva e exploratória.
OE/RÁDIOILHÉU