ATUALIDADE | José Manuel Bolieiro destaca legado de Mota Amaral na consolidação da Autonomia dos Açores
O Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, foi palco da inauguração da exposição temporária “Nos 50 anos do 25 de Abril – Mota Amaral”, presidida por José Manuel Bolieiro, Presidente do Governo dos Açores.
Este evento insere-se nas comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos, destacando a figura de João Bosco Mota Amaral, considerado um dos grandes impulsionadores da Autonomia Político-Administrativa dos Açores.
A exposição revisita o contexto histórico dos anos da Revolução e os primeiros passos da Autonomia Açoriana, dando relevo à trajetória pessoal e política de Mota Amaral entre 1969 e 1974. O acervo documental apresentado, proveniente do Arquivo Mota Amaral, inclui material inédito, como correspondência, fotografias, discursos e recortes de imprensa, revelando aspetos menos conhecidos do seu trabalho e do impacto que teve na vida política e social da Região.
José Manuel Bolieiro sublinhou a importância da iniciativa, classificando-a como uma celebração da “memória e identidade açoriana” e como uma homenagem a um “cidadão exemplar, político visionário e estadista inspirador”.
Para o líder do executivo açoriano, a Autonomia dos Açores deve muito à determinação e coragem de Mota Amaral, que permitiu à Região superar barreiras históricas de desenvolvimento, alcançar maior coesão territorial e social, e afirmar-se como um exemplo de progresso.
“Evocamos e homenageamos um político e um estadista, inspirado e inspirador. Um cidadão participante e transformador”, afirmou José Manuel Bolieiro.
“As novas gerações de autonomistas, nele inspiradas, prosseguirão o processo de aprofundamento político e constitucional da Autonomia”, acrescentou.
A exposição, organizada pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada e coordenada cientificamente por Luís Bastos, autor da fotobiografia de Mota Amaral, reafirma o compromisso das instituições de memória em promover o acesso ao conhecimento histórico e cultural dos Açores. O acervo exposto não apenas preserva a memória coletiva, como também inspira novas gerações a prosseguirem o aprofundamento do modelo autonómico e a valorizarem o património cultural da Região.
Com esta iniciativa, organizada pelo Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro expressou o seu reconhecimento a todos os envolvidos na organização, realçando a relevância de manter viva a história e o legado de Mota Amaral.
Segundo José Manuel Bolieiro, foi graças à “determinação, coragem e ousadia” de Mota Amaral que os Açores venceram um atraso de desenvolvimento, promovendo a coesão social e territorial entre todas as parcelas da Região, fazendo da Autonomia uma forma de os Açores se abrirem ao mundo e construindo os Açores de hoje, “uma geografia de oportunidades”.
A exposição está aberta ao público e constitui uma oportunidade ímpar para conhecer melhor o percurso de um dos maiores protagonistas da história contemporânea dos Açores e de Portugal.
GRA/RÁDIOILHÉU
