A polémica já se vem arrastando há algum tempo, com as saídas e polémicas de Ministros que compõem o executivo de António Costa. Mas a recente situação com o Ministro das Infra-estruturas e o caso TAP é mais uma prova que a maioria absoluta de António Costa no Governo da República vai ficando mais fragilizada e a solução “só pode ser haver novas eleições”, considera o CHEGA.
O deputado José Pacheco entende ser inevitável que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolva o Parlamento e convoque novas eleições. “A situação está a deteriorar-se cada vez mais e não há forma de voltar atrás. São demasiadas confusões num Governo de maioria absoluta e os Portugueses e Açorianos não podem continuar a viver neste descrédito em que caiu a política na República”, refere José Pacheco.
O parlamentar já há algum tempo que se sente “desconfortável com esta instabilidade que vemos num Governo nacional” e entende que “toda esta situação tem, inevitavelmente, implicações na Região”, onde o Partido Socialista “será penalizado por todas estas confusões que têm sido conhecidas a nível nacional. Se os socialistas ainda pensavam que tinham alguma possibilidade de voltar ao poder na Região, podem agradecer a António Costa por todas estas trapalhadas que descredibilizam o partido. O Povo sabe fazer essa análise”.
É necessário não esquecer que muitas questões dos Açores passam pelos ministérios da República, e, com esta constante mudança de protagonistas nas pastas, são os Açores e os Açorianos que ficam sem respostas e sem verem os seus problemas resolvidos, pelo menos aqueles que dependem do Governo da República.
Analisando a situação política nacional, José Pacheco aproveitou também para falar do PSD e do seu líder nacional, Luís Montenegro, e das recentes declarações rejeitando qualquer entendimento com o CHEGA a nível nacional. “Luís Montenegro não se pode esquecer da relação que existe nos Açores entre o PSD e o CHEGA, mas também não se pode esquecer que as mais recentes sondagens colocam o CHEGA a aproximar-se do PSD, com a possibilidade até de o ultrapassar”, explica José Pacheco.
“É extremamente desconfortável ouvir um líder nacional apelidar o meu partido de extremista, xenófobo ou racista e ficar indiferente. Não há dois partidos CHEGA, só há um. Sempre que adjectivar o CHEGA de algo negativo está a denegrir o todo onde se inclui o CHEGA Açores. É bom que Montenegro nunca se esqueça que se há Governo do PSD nos Açores deve-se ao CHEGA, o tal que ele nada quer, nada gosta, nada lhe agrada”, reforçou.
E continuou: “é de igual modo desconfortante ou até mesmo desconcertante não ouvir do PSD Açores algum contraditório às palavras do seu líder nacional, mais não fosse para lhe explicar que está enganado e que o CHEGA é um parceiro confiável, ao contrário do que ele afirma”.
“Ao não querer uma aproximação ao CHEGA, o líder do PSD nacional claramente não quer ser uma alternativa ao Partido Socialista a nível nacional, e isso também poderá ter implicações a nível regional”, remata o parlamentar.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU