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ATUALIDADE | Habitação, trabalho e justiça fiscal no centro da campanha do Bloco nos Açores para mudar a vida das pessoas

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Pedro Amaral salienta que o Bloco tem muitas propostas específicas para os Açores, mas destaca a habitação, o trabalho e a justiça fiscal – que diz respeito aos portugueses em geral e aos açorianos em particular – como prioridades da campanha.

O Bloco tem propostas para problemas específicos dos Açores, como a ligação por cabos submarinos, a capacidade de decisão da Região sobre o mar, os serviços do Estado na Região, como a justiça, os estabelecimentos prisionais e as forças de segurança: “todas estas questões são importantíssimas”, mas hoje quisemos trazer os problemas do quotidiano que muitas vezes ficam fora da campanha aqui nos Açores: habitação, trabalho e justiça fiscal”, explicou Pedro Amaral, no âmbito de um evento de campanha em Ponta Delgada.

“Estivemos aqui a falar sobre dificuldades em pagar a renda, sobre a dificuldade em pagar a prestação da casa, sobre a necessidade de aumentar salários e sobre as desigualdades que levam a que haja uns poucos a ficar com quase tudo, e todos os outros a ficar com quase nada”, apontou o candidato do Bloco à Assembleia da República pelos Açores.

Sobre a habitação, Pedro Amaral destaca a necessidade de colocar tetos máximos às rendas, tendo em conta as características dos imóveis e a sua localização – uma solução que existe noutros países europeus, como os Países Baixos –, e defendeu o aumento do apoio público às famílias que optam por adquirir habitação, “principalmente para os jovens, porque atualmente é preciso um poder de compra muito elevado para conseguir comprar casa”.

Além disso, é necessário aumentar o parque público habitacional, que em Portugal é de apenas 2%, quando noutros países europeus chega quase a 30%. Com mais habitação pública é possível baixar os preços no mercado de arrendamento, garantindo rendas acessíveis para todas as famílias.

Pedro Amaral considera que “o aumento dos salários é fulcral”. Por isso, o Bloco propõe que o salário mínimo seja de 1000 euros já a partir de 2026, e a implementação de medidas que levem ao aumento do salário médio, nomeadamente um aumento de 500 euros no nível de entrada na administração pública para técnicos superiores, de modo a levar também o sector privado a subir os salários para os trabalhadores qualificados e desta forma “fixar jovens no país”.

No que diz respeito à justiça fiscal, o candidato explica que “o objetivo é que quem tem mais, tenha que contribuir com mais”, para que seja possível fortalecer os serviços públicos.

“O Bloco propõe, por exemplo, um imposto extra para quem tem uma riqueza superior a três milhões de euros”, explicou o candidato, referindo que esta medida pode traduzir-se num retorno de 3 mil milhões de euros e incide apenas sobre 0,5% da população.

Com medidas concretas para a habitação, o trabalho e para combater as desigualdades o Bloco quer “construir um país diferente”, concluiu Pedro Amaral.

BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.