O Governo Regional dos Açores decidiu aumentar a área visitável do Museu Carlos Machado, num investimento de cerca de 300 mil euros.
O anúncio foi feito pela Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, e pela Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, numa visita à obra que decorre no local.
Sofia Ribeiro explicou que o Museu Carlos Machado “está a ser intervencionado através de um projeto iniciado em 2016 pelo governo anterior, consignado em fevereiro de 2020, representando um investimento de cerca de quatro milhões de euros”.
“Esta empreitada será finalizada na data prevista, na próxima segunda-feira, 13 de junho”, mencionou a titular da pasta dos Assuntos Culturais.
“No entanto, não se pode dar a obra por concluída, face a um erro de projeto, que contemplava uma zona aberta, cuja construção se veio a revelar inexequível, exigindo uma intervenção adicional por este executivo, apenas possível nesta fase”, referiu.
De acordo com a governante, “a solução agora definida vem aumentar a área visitável do edifício, que tinha sido pensado maioritariamente para a reserva e tratamento de peças de arte”, tendo uma área de exposições, “visitável pelo público, inferior a 300 metros quadrados, numa zona total de intervenção de cerca de 2,7 mil metros quadrados”.
“A área que gerou problemas na sua execução, que tem cota negativa, implicava o escoamento de águas para pisos inferiores, que seriam bombeadas para os pisos superiores, com custos de manutenção elevados”, explicou a Secretária Regional.
A nova intervenção, que contempla a cobertura dessa zona aberta, “para além de dar solução ao aumento de zona de exposição visitável pelo público, irá diminuir os custos de funcionamento do próprio edifício”, garantiu Sofia Ribeiro.
De acordo com Berta Cabral, a alteração implica “uma nova empreitada e um novo concurso”, com um projeto “enquadrado na zona e no projeto atual”.
O Núcleo de Santo André, que é a parte mais antiga do Museu, não foi contemplado na intervenção inicial que, segundo Berta Cabral, “era o espaço que mais precisava”.
Para a governante, esta necessidade de alteração ao projeto é uma “desilusão,” uma vez que “implica um custo adicional significativo”, fazendo com que haja “menos verbas disponíveis para a intervenção prioritária no edifício antigo”.
Berta Cabral revelou que a alteração prevista “já está cabimentada”, garantindo que o este espaço do Museu abrirá ao público “quando a cobertura estiver concluída”.
“Vamos fazer com que [o espaço] fique disponível ao público o mais depressa possível. Não vamos permitir que estejamos mais oito anos à espera”, finalizou Berta Cabral.
GRA/RÁDIOILHÉU