ATUALIDADE | “Governo está finalmente a concretizar integração dos trabalhadores precários do SRS que o Bloco propõe desde 2022”

O Bloco de Esquerda vai acompanhar o processo de integração dos trabalhadores precários do Serviço Regional de Saúde que tem vindo a propor desde 2022, e se houver trabalhadores precários que fiquem para trás, António Lima assegura que o partido volta a apresentar uma nova proposta para regularizar todas as situações injustas.

Desde abril de 2020, foram contratados centenas de trabalhadores para o Serviço Regional de Saúde ao abrigo de um regime excecional criado para dar resposta às necessidades provocadas pela pandemia.

No entanto, muito depois do fim da pandemia, estes trabalhadores continuam a trabalhar no Serviço Regional de Saúde porque são necessários, mas o vínculo de trabalho continuou sempre precário.

Estão em causa centenas de trabalhadores, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de farmácia, assistentes técnicos e operacionais e informáticos.

Em 2022, o Bloco propôs a integração de todos estes trabalhadores que estivessem a responder a necessidades permanentes. Na altura, todos os partidos da direita – PSD, CDS, PPM, CH e IL – votaram contra.

Com o início da atual legislatura, o Bloco de Esquerda voltou a apresentar a mesma proposta, que foi hoje debatida no parlamento.

A insistência do Bloco na necessidade de integração destes profissionais no Serviço Regional de Saúde levou o governo a apresentar uma proposta semelhante, mas só poucos dias antes da proposta do Bloco de Esquerda ser discutida no parlamento é que o governo deu os primeiros passos para concretizar este processo.

“A proposta teve o mérito de fazer com que finalmente o governo regional começasse a agir. Só por isso já valeu a pena”, disse o deputado António Lima, antes de anunciar a retirada da proposta.

No entanto, ainda nem tudo está assegurado. Por isso o Bloco de Esquerda garante que irá acompanhar o processo de perto, para garantir que o governo vai respeitar a decisão dos hospitais de integrar automaticamente estes trabalhadores, e confirmar se no fim do processo todos os trabalhadores precários ficam com a situação resolvida.

Se isso não acontecer, o Bloco vai voltar a apresentar uma proposta para acabar com as injustiças que foram criadas.

BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU