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ATUALIDADE | Francisco César defende propostas concretas do PS para resolver os problemas da Região

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Francisco César considerou, esta terça-feira, que o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM implementa políticas que não têm em conta “as verdadeiras necessidades da Região” estando mais preocupado em “calar as denúncias do Partido Socialista”.

Para o Presidente do PS/Açores, que intervinha na sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do GPPS, dedicadas à análise do Plano e Orçamento para 2025, “não devemos ficar calados quando verificamos que as coisas não estão bem”.

“Parece não ser correto estender a mão e querer dialogar com o Governo”, frisou o socialista, para lamentar que face às onze propostas apresentadas pelo Partido Socialista para viabilizar o Orçamento, o Governo responda “que não são medidas, mas sim intenções”.

O Partido Socialista “não irá abdicar desta negociação até ao último momento”, conforme assegurou Francisco César, para defender que serão ainda apresentadas “propostas de alteração que consubstanciam cada um desses onze pontos e acrescentadas propostas sectorialmente”.

“Mas, quando nós falamos do apoio urgente aos estudantes deslocados estamos a falar de uma proposta genérica que não tem efeito na vida das pessoas?”, questionou o socialista, para lembrar que o PS tem vindo a alertar o Governo para este problema.

“Esperávamos que o Governo fizesse alguma coisa nesta matéria, mas não fez, e o PS concretizou a criação de uma medida de apoio direto a 50% do custo da renda da habitação até ao limite de 200€ por mês por aluno deslocado sendo ao custo da habitação deduzido o valor dos apoios sociais ou de bolsas de formação que beneficiam. Isto é não ser concreto?”, questionou.

Reiterando ser possível dialogar e negociar as medidas apresentadas pelo PS, Francisco César destacou ser mais fácil ao Governo “ouvir o Chega que aprova sem qualquer dificuldade”, por estar mais preocupado em manter o seu lugar.

Alertando para o desafio da habitação, sobretudo para a classe média, o líder socialista referiu que o Governo apenas criou “majorações em programas que já existem e que não estão vocacionados para a resolução destes problemas”, enquanto o PS/A apresentou uma proposta no sentido de criar um programa para incentivar o aumento da oferta de habitação, “assegurando contratos de arrendamento de longo prazo aos promotores de novas habitações; a quem reabilite habitações ou a quem converta habitação que esteja em Alojamento Local em habitação permanente”.

“Depois há outra medida que dizem que não é concreta”, referiu o socialista, para salientar que sobre essa “não há mesmo negociação”. Referindo-se, em concreto, à proposta do CH no acesso de crianças às creches, o líder do PS/A defendeu que o acesso seja “universal, gratuito e sem excluir ninguém”.

Durante a sua intervenção, Francisco César lamentou ainda que “face à falta de dinheiro para fazer pagamentos”, a Região tenha “o maior Governo de sempre”, propondo, nessa matéria, que não haja “aumento do endividamento”. “Mas neste aspeto, referir que no espaço de três anos e meio, este Governo aumentou a dívida pública em mil milhões de euros”.

“Temos, em primeiro lugar, de reduzir a dívida a fornecedores, é algo que nós nos podemos sentar e negociar, se houver essa disponibilidade. Também estamos disponíveis para conversar na redução da dimensão de dívida pública, nós não podemos ter um Governo Regional que tem cerca de 64 técnicos especialistas, a somar assessores e adjuntos, temos de reduzir”, considerou.

Já a finalizar, Francisco César defendeu que o Partido Socialista está como sempre esteve: “para apontar os problemas, criticar as más opções de gestão e apontar o caminho, as soluções e dar a mão quando é necessário. Em suma, fazer aquilo que é necessário para ajudar os Açores a serem uma Região mais desenvolvida e mais próspera”, concluiu.

PS/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.