A Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, lembrou que os últimos dados divulgados sobre a Educação mostram que os Açores alcançaram os melhores resultados da última década.
“Este Governo, à exceção do ano da pandemia, em todos os indicadores da Educação tem os melhores resultados da década”, salientou.
Sofia Ribeiro falava no âmbito de um debate sobre as condições de vida dos açorianos e os mais recentes indicadores socioeconómicos, apresentado pelo Bloco de Esquerda, esta tarde, na Assembleia Legislativa Regional, na cidade da Horta.
A titular da pasta da Educação começou por saudar o Bloco de Esquerda por dar “oportunidade de combater a desinformação” gerada relativamente aos mais recentes dados sobre os indicadores que analisam a Educação em Portugal.
Para a Secretária Regional, “não faz sentido” fazer a análise dos últimos dados sobre a Educação comparando-os apenas com o ano da pandemia, “considerado por todo o país como um ano atípico”, mas sim enquadrando-os na década.
Relativamente à taxa do abandono escolar precoce, a governante recordou que os números são mais baixos do que os últimos divulgados “durante o mandato do governo socialista”.
Em 2022, a taxa de abandono precoce da educação e formação nos Açores foi de 26,5%, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. Em 2019, era de 27%.
Recorde-se que a Secretária Regional já tinha enquadrado o aumento de 3,3 pontos percentuais registados no ano 2022 por comparação com 2021, salientando que “continuavam inferiores” aos registados quando o XIII Governo tomou posse, “mantendo-se a tendência de descida na análise a dez anos”.
Na altura a governante realçou que era “importante” que a subida registada em 2022, e que não era “caso único na última década”, não constituísse “uma tendência de subida”.
Quanto à taxa de retenção e desistência do ensino básico e do ensino secundário, Sofia Ribeiro frisou que, ao serem retirados os dados do ano da pandemia, os dados que mostram a retenção dos alunos açorianos estão “sempre a descer”, ao longo da última década.
No ano letivo 2010/2011 a taxa de retenção e desistência no ensino básico era de 11,7%, em 2018/2019 era de 8,3% e em 2020/2021 era de 6,4%. Quanto à retenção do ensino secundário, em 2010/2011 registava 25,9%, em 2018/2019 era de 18,1% e em 2020/2021 era de 12,8%.
Já quanto à taxa de transição e conclusão, a governante realçou que, em todos os ciclos e níveis de ensino, os valores estão “sempre a progredir”.
No ensino básico, a taxa de transição e conclusão era, em 2010/2011 de 88,3%; em 2018/2019 de 91,7% e em 2020/2021 de 93,6%. No ensino secundário, em 2010/2011 era de 74,1; em 2018/2019 era de 81,9% e em 2020/2021 era de 87,2%.
Os últimos dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Educação, a 26 de janeiro, no relatório Estado da Educação 2021.
GRA/RÁDIOILHÉU