“Nesta casa elegemos a educação como prioridade, mas temos de falar do passado, porque os problemas com que nos temos deparado vêm de trás”, começou por dizer o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, a propósito de uma declaração política do Partido Socialista sobre o início do ano lectivo.
José Pacheco lembrou que nos últimos anos, as escolas “têm sido tratadas assim”, sem manutenção, sem condições de trabalho para docentes e pessoal não docente, além do facto de muitas turmas ficarem sem professores durante largos meses.
O líder parlamentar acrescentou que além dos problemas estruturais das escolas, e do Estatuto da Carreira Docente feito “para remediar”, há outras questões que também minam a educação nos Açores. “As baixas fraudulentas, que estão a suprimir trabalhadores, sejam professores ou assistentes operacionais. Vamos falar também da obrigação de termos alunos fechados nas escolas até aos 18 anos onde não querem estar, porque senão os pais não recebem RSI. A qualidade do ensino também está em causa com essas modernices dos manuais digitais”, disse.
Relativamente a este último ponto, José Pacheco incitou a Secretária “acabar imediatamente com os manuais digitais” nos Açores, porque “temos crianças e jovens dependentes da tecnologia, que nem sabe escrever nem falar. Temos de acabar com isto. Se outros países estão a recuar, não podemos ser nós a ir atrás das modernices”.
Para o CHEGA, a educação é fundamental para modernizar a sociedade e, embora José Pacheco tenha reconhecido que a Secretária da Educação tem feito algumas melhorias, “há muito ainda para fazer. O que está em causa são os nossos filhos e o futuro desta terra”, concluiu.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU