
O Grupo Parlamentar do CHEGA requereu informações sobre como são remarcadas consultas programadas e exames médicos, quando os utentes – que tenham de se deslocar inter-ilhas – não conseguem comparecer devido ao mau tempo.
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa Regional, os parlamentares dão conta que os utentes das ilhas sem hospital têm de se deslocar inter-ilhas para poderem ter consultas de especialidade programadas e exames de diagnóstico, às quais não conseguem por vezes aceder, devido a cancelamentos dos transportes marítimos e aéreos devido a más condições meteorológicas.
Os deputados questionam se, nestes casos, estes utentes têm prioridade na remarcação das consultas ou exames de diagnóstico, já́ que a falta de comparência não lhes pode ser imputada. No documento, os parlamentares questionam também quanto tempo, em média, passa entre a consulta ou exame perdidos e a remarcação dos mesmos.
Além disso, no documento enviado à Assembleia Regional, o CHEGA questiona se as Unidades de Saúde de Ilha e os Hospitais do Serviço Regional de Saúde, permitem que o utente antecipe a marcação de viagem, em caso de condições atmosféricas adversas, desde que as despesas entre o dia da antecipação e a data indicada pela Unidade de Saúde sejam suportadas pelo utente.
Para o deputado José Paulo Sousa, esta é uma situação que atinge muito a sua ilha – as Flores – deixando vários utentes sem consultas e exames, e a ter de esperar por vezes alguns meses para novas remarcações.
O parlamentar entende que “as pessoas não podem ser penalizadas pelas condições atmosféricas adversas. É preciso haver um mecanismo que lhes dê prioridade na remarcação de consultas, já́ que a não comparência à hora e dia marcados, não é da sua responsabilidade”.
José Paulo Sousa salienta que há utentes que, devido aos alertas de mau tempo, pretendem antecipar as suas viagens, “mas nem sempre lhes é permitido esta antecipação, mesmo quando as pessoas querem assumir os custos dessa alteração”, refere.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU