ATUALIDADE | CDS-PP apela a alteração dos serviços mínimos nas ligações da Atlânticoline a São Jorge
O direito à greve encontra-se consagrado no artigo 57.º da Constituição da República Portuguesa. É um direito fundamental e irrenunciável dos trabalhadores.
A greve dos trabalhadores ligados à parte operacional da Atlânticoline iniciou-se a 7 de março, onde foram definidos serviços mínimos diários, duas viagens diárias da Linha Azul Horta/Madalena/Horta com saídas da Horta às 07:30 e às 17:15 e uma viagem diária da Linha Verde Horta/Madalena/Velas, com saídas da Horta às 09:00.
Em face desta situação, a deputada Catarina Cabeceiras, do Grupo Parlamentar do CDS-PP/Açores, afirma que “todos os constrangimentos causados são sempre de lamentar, e desde essa data muitos têm sido os constrangimentos sentidos pelas pessoas, sobretudo utentes que necessitam de fazer tratamentos hospitalares, ou ainda, e nomeadamente, os utilizadores da ilha de São Jorge, uma vez que os serviços mínimos definidos para sexta-feira e domingo, inviabilizam a possibilidade de muitos daqueles que trabalham e estudam na ilha de São Jorge possam ir no fim-de-semana às suas casas nas ilhas do Pico e do Faial”.
“Sabemos que, neste período, tem existido negociação entre a Atlânticoline e o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP)”, adiantou Catarina Cabeceiras.
“Contudo, até ao momento não foi encontrado um patamar de entendimento”, lamentou.
O tribunal arbitral procedeu, entretanto, à fixação dos serviços mínimos que estão a ser cumpridos, as duas ligações marítimas entre a ilha do Faial e a ilha do Pico, uma viagem diária entre a ilha do Faial e a ilha de São Jorge e duas ligações semanais entre a ilha das Flores e a ilha do Corvo.
“Perante toda esta situação, e dado o impasse em que estamos, reconhecendo e nunca colocando em causa o legitimo direito à greve, e sem qualquer objetivo de se ingerir no processo negocial”, o Grupo Parlamentar do CDS-PP apela, pela voz da deputada Catarina Cabeceiras, a “que os serviços mínimos de sexta-feira e domingo sejam alterados para a viagem do final do dia, permitindo assim que tantas pessoas possam passar o fim-de-semana junto dos seus familiares”.
Catarina Cabeceiras entende que “os constrangimentos sentidos por todos fazem parte dos efeitos da greve, mas consideramos que, neste particular, a não adequação dos serviços mínimos estipulados à verdadeira necessidade dos mesmos pela população poderão levar apenas à incompreensão por parte das populações da manutenção do diferendo nesta negociação laboral”.
CDS/AÇORES/RÁDIOILHÉU