AÇORES | Vasco Cordeiro: o tempo é de abertura de um novo ciclo, com novos protagonistas para construir um Novo Futuro

Vasco Cordeiro realçou, esta sexta-feira, que o tempo é de “abertura de um novo ciclo, com novos protagonistas, novas ideias, novas energias e novas perspetivas” para “construir um Novo Futuro”.

O socialista falava na sessão de encerramento do primeiro dia de trabalhos do XIX Congresso Regional do PS/Açores, em Ponta Delgada.

Vasco Cordeiro afirmou estar “em paz na consciência inabalável” de que tentou dar sempre o seu melhor, assumindo que nem sempre o que fez “resultou da maneira como gostaria que tivesse resultado” e revelou que não abandonará a militância do PS/Açores e que regressará à sua atividade profissional de advogado.

“Não renuncio à cidadania empenhada e comprometida com a comunidade política e social dos Açores e mantenho, para já, os mandatos políticos de Deputado Regional e de Presidente do Comité Europeu das Regiões”, esclareceu.

Vasco Cordeiro recordou que, durante o seu mandato como Presidente do PS/Açores “das 14 eleições a que o PS/Açores se apresentou, fossem elas legislativas nacionais, legislativas regionais ou eleições europeias e também autárquicas”, foi “vitorioso em 11 eleições e não vitorioso em 3”, mantendo e reforçando a implantação do PS/Açores à “escala europeia, nacional, regional e local”.

O Presidente cessante do PS/Açores felicitou Francisco César pela sua eleição, realçando a sua “vontade, empenho e amor aos Açores”, ingredientes que considerou “essenciais para encontrar soluções que melhorem a vida dos Açorianos”.

Vasco Cordeiro criticou as “tentativas de reescrever a história” por parte da coligação PSD/CDS/PPM procurando “pintar a governação do PS na Região como um tempo desperdiçado em termos de desenvolvimento, de desinvestimento e de desleixo”, contrapondo que “os dados estatísticos demonstram que os socialistas Açorianos podem orgulhar-se desse período” e que os Açorianos “sentiram que a confiança depositada no PS não foi defraudada”.

Vasco Cordeiro evidenciou os bons resultados da governação do PS na Região ao nível do Emprego, do combate à Pobreza e Exclusão Social, na Solidariedade Social, na Habitação, na Educação, na Saúde, a reforma do modelo de acessibilidades aéreas aos Açores, no Turismo, nas vias terrestres, na Agricultura, nas Pescas, na Cultura, na Ciência, na Tecnologia, no Ambiente, entre outras áreas, lamentando “vivermos num tempo em que os Governos da República e Regional do PSD, do CDS e do PPM parecem mais apostados em destruir o que havia de bom, sem construir nada de melhor em troca”.

O ex-Presidente do Governo Regional recordou que os Açores enfrentaram, entre 2012 e 2020, “várias circunstâncias atípicas e profundamente disruptivas”, que “constituíram desafios e dificuldades acrescidas à governação”, recordando as dificuldades impostas pelo Governo de Passos Coelho à Região.

Vasco Cordeiro recordou que foi também o Governo Regional do PS/Açores que “teve de enfrentar o surgimento e preparar a reação às consequências sanitárias, económicas e sociais da pandemia de COVID-19”, realçando que a forma como os Açores “lidaram e ultrapassaram esta fase de surgimento da pandemia”, num “tempo em que eram muitas mais as dúvidas do que aquilo que se sabia” deve “orgulhar os socialistas Açorianos”.

O ex-Presidente do PS/Açores recordou a falta de sensibilidade e de apoio do Governo da República de direita nas intempéries de 2013 e 2015 e realçou que a destruição total do Porto Comercial das Lajes pelo furacão Lorenzo em 2019 irá “completar na próxima semana 5 anos”, continuando hoje o seu molhe principal “sem uma única pedra mexida, numa qualquer obra de reconstrução, estando apenas concluída a ponte-cais, obra projetada e lançada ainda no tempo do Governo Regional do PS/A”.

Vasco Cordeiro recordou que os Governos Regionais do PS lançaram os alicerces para a consolidação de projetos como o Porto Espacial de Santa Maria, o Terceira Tech Island, a Escola do Mar e o Pólo MARTEC, ao mesmo tempo que o PS “assegurou uma gestão rigorosa das finanças públicas regionais”.

“Em 2019 as receitas próprias da Região eram mais do que suficientes para cobrir as despesas de funcionamento da Administração Regional”, ao passo que “em 2024 as receitas próprias da Região já não são suficientes para pagar as despesas de funcionamento da Administração Regional”.

Vasco Cordeiro lembrou que foi o último Governo Regional do PS/A que “garantiu fundos comunitários para o desenvolvimento da Região que significam quase o dobro, uma vez que “estamos a falar para o presente período de mais de 3.200 milhões de euros, enquanto que no período de 2014-2020 existiam cerca de 1.500 a 1.600 milhões de euros”, lamentando que o Governo Regional atual se esteja a mostrar “totalmente incapaz de executar esses fundos e de transformá-los em investimentos em todas e cada uma das ilhas da Região”.

“Cada vez mais, este Governo Regional corre o risco de ter de devolver dinheiro a Bruxelas por não conseguir executá-lo”, frisou.

“Desde calamidades naturais até calamidades políticas, assumimos de frente os desafios, nunca procurando desculpas ou justificações para o que corria menos bem no passado, mas sempre de olhos postos no futuro e procurando corresponder o melhor que sabíamos e o melhor que podíamos à confiança que os Açorianos haviam depositado no PS/Açores para resolver problemas, vencer desafios e não para procurar desculpas. O Presidente Francisco César tem a capacidade, tem a competência, tem a experiência para liderar o nosso partido nesta nova fase da vida partidária e liderar o processo de construção de uma alternativa política à atual governação dos Açores”, sublinhou o ex-Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro.

PS/AÇORES/RÁDIOILHÉU