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AÇORES | “São os técnicos que devem decidir a configuração dos cabos submarinos”

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O tema não é novo e o CHEGA até já enviou um requerimento ao Governo Regional pedindo explicações sobre o assunto, que tantas opiniões já gerou. Trata-se de uma petição para “estudo de alternativas à configuração” dos cabos submarinos CAM, que foi hoje debatida na Assembleia Legislativa Regional.

No debate, o deputado José Pacheco manifestou que a alteração da configuração dos cabos submarinos “foi uma história plantada politicamente, com propósitos bairristas de colocar uma ilha contra outra”.

Na prática, defende o parlamentar, devem ser os técnicos – e não os políticos – a decidir “uma questão tão importante” para a conectividade dos Açores com o exterior. “Os políticos onde se metem só fazem asneiras e prejudicam as populações”, referiu.

O CHEGA defende que as ilhas dos Açores devem manter-se unidas, sem ninguém a espalhar bairrismos, ouvindo os técnicos sobre a melhor solução. “Se serão dois pontos de amarração ou três pontos de amarração, não serei eu a dizer o que é mais eficaz. Terão de ser os técnicos com essa responsabilidade a decidir qual a melhor solução”, explicou José Pacheco.

A verdade é que a vida útil dos cabos submarinos – tão importantes para a conectividade do arquipélago – termina este ano e os Açores correm o sério risco de “ficarem limitados em termos de conectividade” e isso, no entender do CHEGA, não é aceitável.

José Pacheco reforçou o seu lamento de “um deputado ter ido à ilha Terceira envenenar contra São Miguel”, manifestando a importância de todo o arquipélago se manter unido e ouvir os técnicos. “Os políticos devem tomar as decisões políticas. Os técnicos são quem percebe do assunto e têm mais ferramentas para tomar uma decisão acertada”, reforçou José Pacheco.

CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.