AÇORES | Regiões Ultraperiféricas são “ativo valioso” da Europa numa nova ordem internacional, afirma Faria e Castro
O Subsecretário Regional da Presidência, Pedro de Faria e Castro, sublinhou hoje, em las Palmas de Gran Canaria, o importante papel das Regiões Ultraperiféricas (RUP) da União Europeia numa “nova ordem internacional”.
Para Faria e Castro, que falava no painel “A dimensão externa das políticas europeias estratégicas nas RUP”, integrado na conferência sobre “A integração regional das RUP, as nove RUP da União Europeia “serão, certamente, um ativo muito valioso para a afirmação da Europa neste novo tempo”, considerando que “uma reflexão política profunda será realizada pelas suas instituições sobre o previsível estabelecimento de uma nova ordem internacional”.
Na sua intervenção, o Subsecretário Regional frisou o “interesse” e a “vocação” dos Açores para as relações externas, quer para a bacia atlântica e para os arquipélagos que lhe são próximos, quer “numa dimensão de enorme potencialidade estratégica, para o continente americano”.
Faria e Castro falou da relação dos Açores com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, com quem partilham “interesses já identificados”.
“E, numa outra aproximação, que reputamos de muito importante para o novo enquadramento do sistema internacional, pretendemos também ser um importante veículo de cooperação da União Europeia com as Américas” afirmou o Subsecretário Regional, explicando o interesse da Região pela América do Norte (Estados Unidos e Canadá) “onde reside uma importante comunidade de açorianos ou seus descendentes” e com quem os Açores têm “um relacionamento histórico”, e pelo Sul, especialmente com o Brasil, país irmão de Portugal, ”onde a cultura açoriana ainda se mantém viva em alguns dos seus estados”.
“A União Europeia sabe deste nosso interesse. Sabe desta nossa vocação” afirmou Faria e Castro, salientando o facto de os Açores serem uma Região Autónoma e frisando também a sua realidade geográfica e o seu consequente contexto geoestratégico.
Esta conferência, que decorreu no âmbito dos debates sobre o futuro da Europa e da Presidência espanhola da UE, contou com a participação de representantes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu, das RUP e dos respetivos Estados (Portugal, Espanha e França), tendo por objetivo refletir sobre questões de futuro como a noção de ‘integração regional’ das RUP, a adequação dos atuais instrumentos de apoio europeus e nacionais e a necessidade de flexibilizar a aplicação de certas políticas comum.
GRA/RÁDIOILHÉU
