AÇORES | “Proposta de orçamento da coligação mantém subfinanciamento e ausência de investimento na Saúde”
O Bloco de Esquerda acusa o governo de coligação de manter, na proposta de orçamento para 2024, as causas para os principais problemas no sector da Saúde: o subfinanciamento e a ausência de investimento.
“Com este governo, a Saúde continua asfixiada pelas dívidas a fornecedoras que crescem e que só este ano atingirão cerca de 190 milhões de euros”, e o reforço de verba anunciado pelo governo para o sector corresponde apenas ao aumento das despesas de funcionamento, o que significa que o subfinanciamento vai continuar em força, “um garrote financeiro que asfixia o Serviço Regional de Saúde e o acesso à saúde pelos açorianos e açorianas”.
O investimento real previsto no Orçamento é de apenas 18 milhões de euros: “uma gota de água num oceano de necessidades”, que ainda se torna mais irrelevante se tiver uma execução tão fraca como em todos os orçamentos deste governo.
O deputado do Bloco destacou a hipocrisia dos partidos de direita que, depois de terem rejeitado uma proposta do Bloco que pretendia a integração nos quadros do Serviço Regional de Saúde dos trabalhadores precários contratados durante a pandemia, colocam agora esta medida no Orçamento.
“Recusaram a proposta do Bloco de Esquerda para integrar 300 trabalhadores com contratos precários no Serviço Regional de Saúde, os que estiveram na linha da frente na fase mais crítica da pandemia e mandaram dezenas deles para o desemprego”, assinalou António Lima.
Por outro lado, o Bloco não compreende por que motivo o Governo tem recusado integrar na administração pública os trabalhadores com contratos precários espalhados por vários departamentos da função pública.
O Bloco tem uma proposta para a integração de todos os trabalhadores precários, com contratos a prazo, falsos recibos verdes e programas ocupacionais que estejam há mais de dois anos na administração pública.
“Todos os trabalhadores precários da administração pública merecem o mesmo respeito e devem ser integrados nos quadros da administração pública”, concluiu António Lima.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU