O deputado da Representação Parlamentar do PPM – Açores expressou, esta quinta-feira, a sua profunda preocupação e oposição face ao anunciado encerramento de vários balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em diversas regiões do país. Esta decisão, recentemente comunicada pela administração da CGD, afeta diretamente as populações, em especial aquelas que residem em áreas mais isoladas e despovoadas, onde o acesso a serviços bancários já é limitado.
João Mendonça considera que “enquanto instituição bancária pública, a CGD tem um dever primordial de garantir um serviço de proximidade e qualidade a todos os cidadãos, independentemente da sua localização geográfica”. O fecho de balcões não só penaliza os utentes, em particular os mais idosos e aqueles sem acesso facilitado a meios digitais, como também coloca em causa a coesão territorial e o desenvolvimento local.
É amplamente reconhecido que o encerramento de agências bancárias tem repercussões negativas, agravando o despovoamento e contribuindo para o isolamento das comunidades afetadas. Esta restrição no acesso a serviços financeiros essenciais pode resultar numa maior exclusão de grupos vulneráveis, comprometendo a sua capacidade de aceder a recursos fundamentais como crédito, poupança e aconselhamento financeiro. A Caixa Geral de Depósitos, enquanto instituição bancária estatal, deve colocar em primeiro plano o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento sustentável do país, prevalecendo sobre as forças de mercado e a procura por lucros imediatos.
“É imperativo que a Caixa Geral de Depósitos assuma um papel ativo na promoção da inclusão financeira e no fortalecimento da coesão social nas áreas em questão. A procura por alternativas viáveis que garantam a continuidade dos serviços bancários é essencial, não apenas para a estabilidade económica, mas também para o avanço social e a melhoria da qualidade de vida das populações servidas” – afirmou o deputado.
Para a Representação Parlamentar do PPM na ALRAA, a responsabilidade social corporativa deve ser uma prioridade, assegurando que as decisões tomadas reflitam os valores de equidade e justiça social. A Caixa Geral de Depósitos tem a oportunidade de liderar pelo exemplo, demonstrando que o setor bancário pode e deve ter um papel fundamental na construção de uma sociedade mais inclusiva e próspera.
O partido apela assim à administração da CGD instando a uma reavaliação ponderada da recente decisão, de modo a assegurar a manutenção imprescindível dos serviços bancários públicos e, em paralelo, proteger a estabilidade financeira e operacional da CGD. Esta abordagem equilibrada e inclusiva é fundamental para promover a confiança mútua e encontrar um caminho sustentável que beneficie tanto a população como a instituição bancária.
PPM/AÇORES/RÁDIOILHÉU