
O Eurodeputado do PSD Paulo do Nascimento Cabral, defendeu, no debate “Possibilidades de pesca para 2026: garantir a sustentabilidade das populações piscícolas, dos ecossistemas marinhos e das comunidades costeiras”, que decorreu na sessão plenária em Estrasburgo, que: “o setor das pescas precisa de boas notícias, e em dezembro temos de ter aumentos de quotas, incluindo para o goraz, melhoria dos rendimentos dos pescadores, e também a possibilidade da renovação das frotas de pescas”.
Paulo do Nascimento Cabral lamentou o impacto negativo no sector de muitas medidas europeias, entre as quais a proposta da Comissão Europeia para o quadro financeiro plurianual 2028-2034: “Os pescadores têm sido sacrificados com medidas restritivas para recuperar os stocks – e bem – sob o desígnio da sustentabilidade ambiental, mas esquecendo-se, muitas vezes, também a sua vertente económica e social, prejudicando as comunidades costeiras. Além disto, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de quadro financeiro plurianual que diminui o apoio a este setor em cerca de 66 %, e tudo isto quando 70 % do pescado que consumimos na União Europeia é importado, muitas vezes, de forma desleal.”
Referindo-se à reunião anual da Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICCAT) que decorreu entre 17 a 24 de novembro de 2025 em Sevilha: “à equipa negocial da União Europeia na ICCAT, defendi que o bom nível dos stocks do atum, especialmente do atum-rabilho, tem de traduzir-se no aumento de quota para os pescadores do Atlântico, com uma pesca sustentável de salto e vara, porque foram estes os sacrificados. E conseguimos um aumento de 19 % para os próximos três anos”, no que considerou ser uma ótima notícia.
O Eurodeputado do PSD terminou, pedindo compensações nas quotas pelo possível impacto causado no setor devido às áreas marinhas protegidas “ Termino com os Açores, exemplares na conservação ao classificar 300 mil quilómetros quadrados de áreas marinhas como protegidas. Este esforço não é apenas regional, é um contributo também dos pescadores açorianos para os objetivos ambientais da União Europeia. Os governos de Portugal, dos Açores e da Madeira tudo têm feito para apoiar os pescadores. A União Europeia também tem de fazer a sua parte”.
PE/RÁDIOILHÉU






