O Vice-presidente do PS/Açores lamentou, esta sexta-feira, que José Manuel Bolieiro continue “alheado da realidade regional” e dos “problemas que enfrentam, diariamente, as famílias e empresas Açorianas”.
“Assumir que a Região está hoje melhor do que no tempo em que o Governo Regional era suportado pelo Partido Socialista só pode significar um total alheamento da realidade ou um ato de má-fé”, salientou Berto Messias, que evidenciou que este Governo “vive num mundo que é, cada vez mais, só seu”.
“Basta ver que, com este Governo de coligação, todos os indicadores sociais dos Açores, depois de anos a melhorar com os Governos do Partido Socialista, estão hoje pior”, frisou, exemplificando com o “risco de pobreza e exclusão social”.
Berto Messias referiu também que este Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM “degradou a situação das finanças públicas da Região”, aumentando, a dívida pública, entre janeiro de 2021 e 30 de junho de 2023, “ao ritmo de 1 milhão de euros por dia, incluindo sábados, domingos e feriados”, sendo também a primeira vez que a Região “poderá não ter capacidade de executar o maior volume financeiro que alguma vez esteve à disposição”.
“São 3.2 mil milhões de euros de fundos comunitários, que este Governo Regional podia disponibilizar no apoio às famílias e empresas dos Açores, mas, também aqui temos execuções baixíssimas”, lembrou.
Mencionando as inúmeras dificuldades que as famílias Açorianas atravessam relativamente à questão da habitação, Berto Messias lembrou não ser com o programa CreditHab que se consegue resolver o assunto, registando, nessa matéria, o “reduzido número de famílias que foram apoiadas”.
Já na área da Saúde, Berto Messias lembrou que face ao evidente desgaste dos serviços de Saúde, “são também os Açorianos os primeiros a sentir os efeitos da degradação dos cuidados prestados”, frisando, a esse propósito, o aumento da dívida a fornecedores que em apenas seis meses “aumentou 12 milhões de euros”.
Berto Messias aproveitou ainda a ocasião para lamentar os sucessivos atrasos de pagamentos de apoios como o POSEI Pescas, situação que se verifica, também na Agricultura, “com apoios em atraso ou cortados em relação, por exemplo, às Associações que prestam serviços aos agricultores”.
A finalizar, o dirigente socialista assinalou ainda os “problemas verificados em diversos serviços públicos da Região”, em que pela “falta de recursos financeiros está a ser colocado em causa, por exemplo, o setor da Educação”.
“Neste momento, e conforme já foi assinalado pelo próprio Sindicato, as escolas encontram-se numa situação difícil pela falta de orçamento para fazer face às despesas correntes, havendo, inclusive, alguns estabelecimentos de ensino que já não tem orçamento para resmas de papel ou mesmo para papel higiénico”, salientou.
“Onde anda, efetivamente, esse Governo Regional que considera que está tudo melhor, hoje, do que quando iniciou funções? Os Açorianos seguramente não partilham da visão otimista deste Governo, que tenta passar a ideia que desta vez é que vai ser e que irão concretizar tudo o que nos últimos três anos não foram capazes de executar”, finalizou o Vice-presidente do PS/Açores, Berto Messias.
PS/AÇORES/RÁDIOILHÉU