AÇORES | Jornalista Pedro Ferreira encabeça lista que quer libertar a Autonomia do centralismo
O Líder Regional da Iniciativa Liberal (IL), Nuno Barata, apresentou, esta quarta-feira, ao final da manhã, o jornalista terceirense Pedro Ferreira, 38 anos, independente, como cabeça de lista às eleições Legislativas do próximo dia 30 de janeiro pelo círculo eleitoral dos Açores, propondo uma campanha que pretende marcar a diferença na defesa da Autonomia e no combate ao centralismo.
Numa conferência de imprensa, numa unidade hoteleira de Ponta Delgada, Nuno Barata salientou a importância destas eleições “para colocar o dedo na ferida do que não se tem passado nos últimos 45 anos”, frisando que “a IL não candidata a estas eleições nenhum dos candidatos que, em outras eleições, foram eleitos para o Parlamento Regional, para assembleias municipais ou para assembleias de freguesias, porque a IL não é só o Nuno Barata, está a crescer e tem outras pessoas dispostas a dar de si em prol dos Açores”.
O Líder dos liberais açorianos sublinhou ainda que a lista de candidatos à Assembleia da República comprova “a consolidação do projeto político liberal nos Açores”, uma vez que a candidatura “já está com uma representatividade que vai para além do que aconteceu nas Regionais e nas Autárquicas”, ou seja, integra candidatos de Terceira, São Miguel, São Jorge, Pico e Flores. Sob o mote de que “os Açores dão muito mais ao País, do que o Pais dá aos Açores”, o cabeça de lista da IL firmou vários compromissos, destacando o combate ao centralismo, as reformas fiscais, a revisão da lei eleitoral e o alargamento da ADSE a todos os funcionários (públicos e privados), como prioritários. “No próximo dia 30 de janeiro, mais do que escolher 5 Deputados dos Açores para a Assembleia da República, estão em cima da mesa muitas outras importantes escolhas e decisões para os Açores e para Portugal. Em 45 anos de Autonomia, realizaram-se 15 eleições para a Assembleia da República.
O PSD obteve 43 mandatos; o PS obteve 30 mandatos. Quais os verdadeiros benefícios para os Açores destes 73 Deputados à Nação? Muito poucos. Hoje continuamos a ouvir PS e PSD falar do novo estabelecimento prisional de Ponta Delgada, da descontaminação de solos e aquíferos na ilha Terceira, da ampliação do Aeroporto da Horta, da falta de meios humanos e materiais para as forças de segurança ou para se fazer justiça na Região. Sobre a gestão partilhada do mar dos Açores, nada! Sobre os intentos centralistas por mor do potencial espacial dos Açores, aceitaram tudo o que a República nos quis impor. Sobre a substituição do cabo submarino de fibra ótica só falam nele depois do próprio regulador vir alertar para o seu fim de vida. Cegamente votaram ao lado das suas bancadas, unicamente, a favor dos interesses dos seus partidos; são raras as votações dissonantes. Muito poucas foram as vezes que se fizeram valer em Lisboa como verdadeiros representantes do Povo Açoriano. Assim, nestas eleições, desde logo, a primeira escolha importante que os Açorianos terão para fazer é entre manter os mesmos de sempre agarrados aos interesses partidários de sempre ou possibilitar uma votação na novidade que a IL representa neste ato eleitoral”, disse o candidato.
Pedro Ferreira assume que “votar na IL será garantia de implementação de políticas liberais”, de uma “nova visão para o País (e os Açores fazem parte integrante deste País)”, da “defesa livre e acérrima da Autonomia” que propõe realizar através do “desenvolvimento de ações de marketing autonómico junto de todas as forças políticas e instituições nacionais que continuam a olhar para os Açores com desconfiança e sem perceberem o verdadeiro valor e a grande riqueza que conferimos ao País”. “Mais do que pedinchar de Lisboa temos que fazer ver aos centralistas que a posição geoestratégica da Região dá muito mais ao País do que o que o País dá aos Açores”, acrescentou em resposta aos jornalistas. O cabeça de lista liberal às Legislativas do início do próximo ano defende “uma redução dos impostos e alterações da estrutura fiscal”; “ADSE para todos, públicos e privados”; “Revisão da Lei Eleitoral (exemplificando que só nas últimas 6 eleições para a Assembleia da República, se desperdiçaram 118 371 votos dos Açorianos)”; “Meritocracia na administração e simplificação da vida dos cidadãos na relação com o Estado”.
“Escolha importantíssima”
Pedro Ferreira sublinha que, “a 30 de janeiro, existe outra escolha importantíssima que os eleitores Açorianos vão ter de fazer: entre manter o socialismo que, ciclicamente, tem empobrecido os portugueses e endividado brutalmente as próximas gerações, taxando-nos com a maior carga fiscal de sempre, ou enveredar por uma pseudo-alternância de poder, sabendo-se que o PSD prefere governar com os socialistas e seguindo as políticas de esquerda que mais têm massacrado os contribuintes deste País”.
O candidato aponta diferenças entre a candidatura da IL e as demais, alegando que “PS, BE e PCP destruíram e revogaram medidas que tinham sido impostas a Portugal por ordem dos credores internacionais, voltaram a aumentar a dívida, carregaram-nos com a maior carga fiscal de sempre, nivelaram por baixo o nível de rendimento da geração mais qualificada de sempre, não combateram a desertificação e o envelhecimento da população, antes foram decisivos para uma sangria desenfreada de jovens talentos portugueses. Será que a esquerda não consegue perceber que os portugueses são bons em qualquer parte do Mundo, menos no seu País? Não vale ao BE e ao PCP dizerem que estão preocupados com o País, porque são corresponsáveis pelas políticas de esquerda impostas nos últimos seis anos aos portugueses. BE e PCP foram peças de uma geringonça que enferrujou e apodreceu, mesmo quando o Orçamento de Estado era o mais à esquerda de sempre”.
Já à direita, prosseguiu, “o PSD marginaliza os seus parceiros de aliança democrática, pisca o olho ao eleitorado que perdeu para o Chega e une-se à volta de um líder mal amado pelos seus pares, só porque as sondagens começam a denotar indicadores mais simpáticos para Rui Rio. Ideias para Portugal, apenas que este PSD prefere governar ao centro, sem pejo de se aliar ao PS, pura e simplesmente, para alcançar o poder. E quanto a baixar impostos, o PSD já fez saber que só quando a economia crescer, desprezando a boa medida implementada nos Açores, por mão da IL, de redução da carga fiscal. Baixar impostos é, desde logo, a melhor medida para fomentar o crescimento da economia”.
Assim, concluiu, “a 30 de janeiro, há que optar pela inovação e essa inovação política só pode ser concedida pela IL. Confiar na IL é a única forma de votar, verdadeiramente, esclarecido. O PS continua a piscar o olho à esquerda, sem dizer claramente se vai para uma geringonça 3.0 ou se dará a mão a Rui Rio, o tal de quem o PS jamais dependeria! O PSD não quer comprometer-se à direita porque prefere o bloco central, governando de mãos dadas com o PS que até agora criticou. Na IL todos sabem com o que contam: Não viabilizaremos soluções à esquerda, nem com o Chega e seremos responsáveis o suficiente para tentar influenciar uma governação aberta às reformas que urgem implementar, visando mais e melhor liberdade económica, liberdade social e liberdade política”.
“Falta de respeito”
Pedro Ferreira finalizou a sua apresentação deixando uma critica a alguns dos seus adversários nestas eleições: “A 30 de janeiro há outra escolha importante que os Açorianos vão ter que fazer: Entre votar naqueles que há um ano foram eleitos para representá-los na Assembleia Regional e agora se querem ir embora, rompendo todos os compromissos assumidos com os eleitores, numa clara falta de respeito por todos aqueles que neles depositaram o voto, trocando os Açorianos pelos interesses e estratégias dos seus partidos ou a IL, a única e viável alternativa. A 30 de janeiro, o verdadeiro voto útil para uma efetiva mudança de paradigma político, económico e social é na Iniciativa Liberal”.
A Lista da IL
A lista de candidatos da Iniciativa Liberal às eleições Legislativas de 30 de janeiro é encabeçada por Pedro Ferreira (ilha Terceira), Bruno Sousa Almeida (São Miguel), Raquel Vieira Gomes (Flores), Luís Filipe Campos (São Jorge), Rúben Reis (São Miguel), Joana Lima (Terceira), Pedro Cavaleiro (Pico) e Júlia Espínola (Terceira).
IL/AÇORES/RÁDIOILHÉU