O Governo Regional dos Açores, em particular a Secretaria Regional do Mar e das Pescas, tem estado a monitorizar a população de Meros (Epinephelus marginatus) no seu ambiente natural após a observação de indivíduos com alterações de comportamento e alterações macroscópicas na sua morfologia (por exemplo, manchas, descamação e distensão abdominal).
Os avistamentos deram-se na primeira semana de setembro e têm particular incidência ao largo das ilhas das Flores e do Corvo, estendendo-se recentemente a ilhas do grupo central.
A Secretaria Regional apela à colaboração da comunidade açoriana, em especial aos utilizadores do meio marinho, para colaborar na recolha de informação sobre este fenómeno relatando-nos ocorrências de peixes nessas circunstâncias.
Nesse sentido, foi disponibilizado online um formulário para registo dessas observações, incluindo a posição geográfica: https://e-form.azores.gov.pt/formulario/447
Simultaneamente, vai ser criado um grupo de trabalho multidisciplinar coordenado pela Direção Regional das Pescas, com vários especialistas e entidades locais, com diversas competências, para análise e debate crítico deste fenómeno, por forma a obter o melhor apoio à decisão na gestão deste recurso emblemático do Mar dos Açores.
Considerando que a partir de 1 de outubro a pesca do mero seria reaberta (está fechada desde 8 de agosto), justifica-se, por motivos de interesse público, a adoção de várias medidas de gestão precaucionaria do recurso, decidindo o Governo Regional dos Açores interditar, a título temporário, a captura, manutenção a bordo, transbordo, descarga e venda da espécie Mero.
A interdição está já publicada em Jornal Oficial.
GRA/RÁDIOILHÉU