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AÇORES | IL quer relatórios de avaliação da implementação do projeto de desmaterialização dos livros escolares

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O Deputado da Iniciativa Liberal no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, questionou, esta quarta-feira, o Governo Regional sobre a avaliação feita relativamente ao processo de implementação dos manuais digitais escolares na Região, para perceber porque continuam a existir “relatos sobre dificuldades de implementação em algumas escolas da Região”.

Num Requerimento, já entregue no Parlamento dos Açores, Nuno Barata solicita “cópia de todos os relatórios de avaliação efetuados até à presente data, no âmbito do Projeto dos Manuais Digitais, inclusive o relatório de avaliação efetuado na experiência piloto que decorreu numa turma do 5.º ano e numa turma do 8.º ano, em 2021”.

Para além disso, os liberais querem um “ponto de situação e cronograma de implementação do projeto de manuais digitais, discriminado por unidade orgânica e escola da Região”, bem como “cópia dos Relatórios de Avaliação de Impacto de Dependência Tecnológica, em crianças e adolescentes em idade escolar, efetuados pela tutela”, sublinhando que, apesar “de a tecnologia ser a favor do progresso, o seu uso em excesso pode provocar um retrocesso intelectual, bem como dependência ao nível tecnológico”.

O parlamentar da IL/Açores pretende também saber se, do ponto de vista técnico, “estão as escolas da Região, atualmente, preparadas para o ‘Projeto Manuais Digitais’, nomeadamente, as redes de wireless das escolas?” e se “as redes de internet existentes nas escolas da rede pública regional conseguem suportar o aumento de utilizadores previstos?”.

Em causa, frisa Nuno Barata, estão declarações da Secretária Regional da Educação, em fevereiro de 2023, “em que referia que o projeto dos manuais escolares apresentava uma avaliação muito positiva”, assim como declarações mais recentes (feitas no âmbito do debate do Programa do XIV Governo Regional) em que a titular da pasta anunciava a existência de “programas de apoio à dependência tecnológica nas escolas da Região”.

Os liberais insulares querem também saber – uma vez que, em vários países, os manuais digitais já estão a ser substituídos por manuais em papel novamente – se, nos Açores, “existirá a possibilidade de gratuitidade e a possibilidade de utilização de manuais físicos, por parte dos alunos, durante o período de aulas, mesmo tendo os manuais digitais?”, se “haverá a possibilidade de os alunos poderem ter acesso aos dois manuais em simultâneo (digitais e em papel)?” e se, “no término da desmaterialização dos manuais escolares, em 2026, estarão contempladas todas as disciplinas em conteúdo digital, que são lecionadas nas escolas da Região?”.

Nuno Barata afirma que “se desconhecem as várias avaliações efetuadas, por parte da tutela, no decorrer deste processo de implementação do projeto dos manuais escolares digitais, desde a realização da experiência piloto em 2021” e sublinha que, “até 2026, as escolas dos Açores terão de sofrer investimentos consideráveis em equipamentos digitais e de ampliação das redes de acesso à internet”.

As dúvidas do Deputado da IL/Açores surgem também, finaliza, porque “da quantidade de disciplinas e conteúdos que existem entre o 5.º e o 12.º anos de escolaridade, atualmente, existem disciplinas que não estão implementadas no projeto de manuais digitais”.

IL/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.