O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) pelos Açores às eleições Legislativas do próximo dia 10 de março, José Luís Parreira, acredita que “é possível ficar nos Açores, é possível ficar em Portugal” em vez de emigrar em busca de melhores condições de vida, defendendo para tal que “Portugal precisa de investimento privado como de pão para a boca”.
Numa ação de campanha na Universidade dos Açores, junto dos estudantes do ensino superior da Região, o candidato liberal preconizou que “é hora deste País entrar num rumo de crescimento económico, porque podemos crescer, porque temos de crescer se quisermos cumprir as responsabilidades que o tempo colocará à nossa frente”.
E como é que se cresce a economia? José Luís Parreira insiste na receita: “Atraindo investimento. Portugal precisa de investimento privado como de pão para a boca, porque os recursos públicos são muito limitados. A chave para atrair investimento está em reduzir a nossa despesa pública em 4% do Orçamento de Estado, para baixar os impostos – IRS e IRC”.
Seguindo à risca a receita defendida pelos liberais, o cabeça de lista açoriano diz que acredita que “é possível ficar”, porque “temos as qualificações, a inteligência e a capacidade de trabalho” e, por isso, “há potencial para produzirmos nesta terra muitos dos produtos que importamos”.
Para tal, acrescenta, “só temos de encorajar o investimento privado, só precisamos de atrair o investimento que empregue a geração mais bem qualificada de sempre, porque o trabalho à distância é uma nova realidade e permite-nos exportar tecnologia e serviços para todo o Mundo, a partir dos Açores”.
“Só precisamos de atrair para Portugal o ecossistema de empresas que deem emprego aos nossos jovens e criar condições para que abram escritórios para os seus colaboradores por todo o País, não só em Lisboa, porque temos mais qualidade e tempo útil de vida do que outras regiões do Mundo. Que País é este que atrai trabalhadores de toda a Europa, que veem à procura da nossa qualidade de vida, mas não consegue fixar os seus filhos?”, questiona de forma retórica o candidato.
Para José Luís Parreira “é possível ficar, porque existem outros países da Europa de Leste, bastante mais pobres do que nós há 20 anos, igualmente rurais e com pouca população, que nos ultrapassaram em produtividade e salários. Nós não somos menos do que eles. Só temos de copiar as mesmas políticas públicas que funcionaram lá. Políticas que atraiam investimento privado. Nós não temos de ir para o estrangeiro fazer o que podemos fazer aqui”.
IL/AÇORES/RÁDIOILHÉU