AÇORES | Governo mais perto de concluir processo participativo da área ‘offshore’ para implementação de áreas marinhas protegidas
Realizou-se hoje, no âmbito do programa Blue Azores, a sétima reunião do processo de envolvimento das partes interessadas para a área ‘offshore’, com vista a atingir a meta dos 30% de Áreas Marinhas Protegidas (AMP) no mar dos Açores, em que 15% serão áreas totalmente protegidas.
A reunião, que teve lugar no Palácio da Conceição em Ponta Delgada, juntou uma vez mais cerca de duas dezenas de entidades envolvidas no programa, tendo como propósito apresentar a revisão da rede de AMPs ‘offshore’, que foi criada a partir das propostas que resultaram do inquérito às partes interessadas.
As propostas apresentadas foram resultado de vários meses de trabalho em conjunto, unindo o conhecimento científico às opiniões dos vários utilizadores do mar dos Açores, tentando desta forma alcançar uma solução em comum.
Foi feita na mesma manhã uma apresentação sobre os meios disponíveis e o futuro da vigilância marítima, tal como foi apresentado o mapeamento da frota pesqueira açoriana, elemento considerado basilar para a discussão da reestruturação deste sector.
Este processo de cocriação para a definição de AMPs em offshore encontra-se em fase avançada, começando, assim, a definir-se uma rede de áreas marinhas protegidas nesta área.
As AMP são fundamentais para salvaguardar a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas marinhos. Funcionam como santuários que garantem sistemas marinhos intactos onde as espécies aumentam em número e tamanho, ajudando a restaurar populações saudáveis dentro e fora dos seus limites.
As Áreas Marinhas Protegidas offshore, ou em mar profundo, irão permitir proteger e recuperar uma parte importante do património natural, fornecendo aos Açores mais opções para a construção de uma economia azul próspera.
O Governo Regional dos Açores, que iniciou em dezembro do ano passado o processo de envolvimento e diálogo com diferentes entidades para a definição de novas Áreas Marinhas Protegidas, pretende tê-las definidas até ao final de 2023.
GRA/RÁDIOILHÉU