AÇORES | “É o reforço do Bloco no parlamento que vai permitir mudanças que não passam por governo de direita nem maioria absoluta do PS”

“É o reforço do Bloco de Esquerda no parlamento que vai permitir mudanças que não passam por um governo de direita nem por uma maioria absoluta do PS”, disse hoje António Lima na conclusão do processo de entrega das listas de candidatos por todos círculos eleitorais. O Bloco vai apostar numa campanha positiva, de apresentação de propostas, para dar esperança às pessoas.

“Depois de três anos de um governo de direita, liderado por José Manuel Bolieiro, que representou uma permanente confusão, que levou ao empobrecimento da população dos Açores, e que não teve nada de bom para a Região, é tempo de levar os Açores a sério”, disse o coordenador regional do Bloco de Esquerda.

Para António Lima, levar os Açores a sério é ter como prioridades o direito à habitação, é garantir mais investimento no Serviço Regional de Saúde “para que as pessoas não sejam empurradas para o privado por falta de resposta”, é garantir que a escola tem os recursos necessários para dar resposta às necessidades dos alunos e que permita acabar com “o gigantesco problema do abandono escolar precoce, que põe em causa o futuro de milhares de crianças e jovens, mas também o futuro da Região”.

Além disso, o Bloco vai apresentar propostas para mudar a economia dos Açores, para uma economia mais qualificada que pague salários decentes e que não viva da precariedade.

“O Bloco está empenhado em apresentar soluções para enfrentar os desafios que os Açores têm pela frente”, adiantou António Lima, que é o primeiro candidato por São Miguel e pelo Círculo Regional de Compensação.

O coordenador do Bloco salienta que “José Manuel Bolieiro, e a direita que apoiou este governo, não significa qualquer mudança” e que “as mudanças que são necessárias também não virão de uma maioria do PS, que nos governaram durante 24 anos”, e que “os açorianos e açorianas bem conhecem”.

António Lima fez ainda uma referência ao parecer do Tribunal de Contas que apontou irregularidades na nomeação de dirigentes da administração pública em três secretarias regionais do atual governo.

O Bloco de Esquerda quer “uma região em que a administração pública não seja povoada por jobs for the boys partidários”.

Agora, o mais importante agora é apresentar as propostas e promover uma campanha esclarecedora, mas António Lima está confiante que as pessoas reconhecem o trabalho importante que o Bloco de Esquerda realizou no parlamento nos últimos anos e diz que o objetivo é reforçar a votação.

 “Temos consciência do trabalho que fizemos e que as pessoas o reconhecem”, concluiu António Lima.

José Cascalho, professor universitário, de 56 anos, que foi deputado do Bloco de Esquerda no parlamento dos Açores na legislatura que teve início em 2008, é o mandatário regional da candidatura.

BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU