A Coligação PSD/CDS/PPM lembrou hoje que foi com o PS no governo que os indicadores de pobreza “atingiram os valores mais altos de sempre” nos Açores, tendo apontado a “desfaçatez” das recentes declarações do deputado socialista Vasco Cordeiro sobre a matéria.
“Foi com o Partido Socialista no governo que os indicadores de pobreza atingiram os valores mais altos de sempre nos Açores. O deputado Vasco Cordeiro revela toda a sua desfaçatez quando fala sobre este assunto, pois esquece o pesado legado que a sua governação deixou”, afirmaram.
Sobre a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, os partidos da Coligação frisaram que “o Partido Socialista precisou de mais de duas décadas para definir uma estratégia de combate à pobreza” e que “a mesma se revelou ineficaz e inconsequente, daí a necessidade de revisão e atualização”.
“A denominada ‘Estratégia’ do PS não contemplava nenhum objetivo concreto que tivesse como consequência o aumento de rendimentos das famílias, nem previa medidas no âmbito do despovoamento ou da habitação. Querer retomar a dita ‘Estratégia’ é persistir num erro com consequências graves para milhares de açorianos que vivem numa situação vulnerável”, salientaram.
“Ambicionando uma mudança de paradigma, o atual Governo dos Açores celebrou um acordo com a Universidade de Coimbra para preparar um novo instrumento estratégico para lidar com esta problema estrutural que considere áreas transversais como a solidariedade social, a educação, a saúde, a qualificação ou a habitação”, vincaram.
“Nas governações de Vasco Cordeiro, as desigualdades sociais atingiram os níveis mais elevados de que há memória e a taxa de risco de pobreza chegaram a máximos históricos. Em 2017, o índice de Gini foi de 37,9 e em 2018, 31,8% dos açorianos estavam em risco de pobreza. Por inação do PS, entre 2012 e 2020, os Açores alcançaram os piores indicadores sociais de sempre”, referiram.
A Coligação do PSD/CDS/PPM recordou que “o PS deixou um legado caótico de pobreza nos Açores”, tendo salientado que durante a vigência dos governos socialistas foi “criada uma máquina de reprodução de pobres” para “forçar dependências” e “instituir uma política de mão estendida que assegurasse o poder a todo o custo”.
Os partidos da Coligação salientaram ainda que “o voto contra do PS ao Orçamento para 2024 impediu o aumento de apoios sociais como o cheque-pequenino, o COMPAMID ou o Complemento ao Abono de Família, o reforço de número de bolsas de estudo a atribuir a estudantes universitários e comprometeu o reforço de verbas para as IPSS continuarem a desenvolver o seu trabalho no terreno junto de públicos mais vulneráveis”.
“Um partido que congelou o valor do cheque-pequenino entre 2016 e 2020 em apenas 54 euros, que tinha uma política de creches gratuitas destinada apenas às famílias mais carenciadas e que deixou as IPSS com a corda ao pescoço, não tem autoridade moral para falar de pobreza e de solidariedade social”, criticaram.
“Foi com o Governo de Coligação PSD/CDS/PPM que o chamado ‘cheque-pequenino’ chegou a perto de 100 euros mensais e foi nestes três anos que as creches se tornaram totalmente gratuitas para todas as famílias, incluindo as de classe média, constantemente esquecidas e desvalorizadas pelo PS de Vasco Cordeiro”, destacaram.
Os partidos da Coligação que suporta o Governo dos Açores acrescentaram que, nos últimos três, se “registou uma acentuada redução – na ordem dos 40% – de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)”.
“No final de 2020, os Açores tinham mais de 14.000 pessoas dependentes do RSI. Atualmente, graças ao trabalho do Governo da Coligação, são pouco mais de 8.000. Ou seja, em apenas três anos mais de 6.000 açorianos deixaram de estar numa situação de extrema pobreza”, concluíram.
PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU