O CHEGA Açores entende que os lesados do BANIF não podem continuar a ser esquecidos, principalmente os Açorianos que perderam as poupanças de uma vida e que até hoje não obtiveram qualquer resposta, nem voltaram a ter acesso ao seu dinheiro.
Neste sentido, os deputados enviaram um requerimento ao Governo Regional para saber se “tem conhecimento do andamento do processo dos lesados do BANIF dos Açores”, já que estarão em causa 148 milhões de euros, só de clientes Açorianos.
Lê-se no documento que a resolução do banco, levou muitos Açorianos a perder as suas poupanças “já que muitos subscreveram obrigações subordinadas do banco, na sua maioria, sem saber o que estavam a subscrever”.
Os parlamentares querem também saber de que forma actuou o Governo Regional “quando soube da resolução do banco e dos milhões que os clientes Açorianos tinham perdido”, até porque, o BANIF era detido em 88% pelo Estado – lê-se no documento já enviado à Assembleia Legislativa Regional.
O CHEGA Açores lembra que o Grupo Parlamentar do CHEGA na Assembleia da República apresentou, em 2023, um Projecto de Resolução que recomendava ao Governo que implementasse soluções para todos os lesados da Banca – incluindo os do BANIF – mas que foi rejeitado.
Além disso, argumentam os deputados, já foram apresentadas várias petições, quer na Assembleia da República, quer na Assembleia Regional, acerca deste assunto. Houve inclusive vários memorandos de entendimento e várias tentativas de resolução, mas que não tiveram qualquer sucesso, continuando por resolver a situação de centenas de Açorianos que ficaram (e continuam) sem acesso ao seu dinheiro. Há ainda o facto da Oitante, sociedade-veículo que ficou com os activos tóxicos do BANIF, ter atingido lucros recorde em 2023 e ter distribuído parte dos lucros ao Fundo de Resolução.
Neste sentido, o requerimento dá conta que o Governo da República é da mesma cor política do Governo dos Açores, questionando se “foram tomadas algumas diligências para tentar agilizar o processo de devolução dos 148 milhões de euros a Açorianos que perderam as suas poupanças”.
Para o líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, “este é um assunto que se arrasta desde 2015, quando houve a dissolução do banco, e até hoje os Açorianos que investiram as suas poupanças, ainda não as conseguiram reaver. Isto é um assunto muito sério”.
José Pacheco recorda que muitos dos “investidores” Açorianos do banco “não sabiam o que estavam a assinar e muitos foram quase forçados pelos trabalhadores do banco, dada a relação de confiança de vários anos que já tinham”.
“Este é um assunto que o CHEGA não vai esquecer, nem vai deixar que seja esquecido. Há muitos Açorianos que estão a passar por dificuldades porque ficaram sem o seu dinheiro. Tantos anos depois ainda não há uma solução e, por isso, o CHEGA vai sempre insistir para que o assunto não caia no esquecimento”, concluiu José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU