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AÇORES | Chega. Falta de mão-de-obra qualificada não pode justificar imigração sem controlo e sem deveres

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A falta de mão-de-obra qualificada em Portugal, e consequentemente nos Açores, não pode servir de justificação para se importar imigrantes, com todos os custos inerentes à sua formação no mercado de trabalho. “Os empresários têm de investir na sua formação, cria-se uma enorme pressão sobre o alojamento que os empresários têm obrigação de lhes providenciar e isto tem de acabar”, argumentou o cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo dos Açores às próximas eleições legislativas no final de uma reunião com a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

Francisco Lima reforçou que o CHEGA não aceita que “haja pessoas em idade de trabalhar, que não têm doença nenhuma, mas que não trabalham. Só aqui nos Açores temos mais de cinco mil pessoas no Rendimento Social de Inserção, no entanto a AHRESP acredita que são precisas três mil pessoas para integrar o nosso mercado de trabalho nas áreas da hotelaria e restauração. O Estado assistencialista vai buscar aos impostos de quem trabalha, nomeadamente aos empresários de restauração, para dar aos que não querem fazer nada. Não podemos aceitar isto”.

A este nível, Francisco Lima defende que haja obrigatoriedade para quem faz formação em Portugal e na Região – na área da restauração e hotelaria – de retribuir durante alguns anos à economia nacional e regional o que foi investido nos cursos profissionais nestas áreas, já que os melhores alunos estão a escolher o estrangeiro para trabalhar.

Na reunião, onde marcaram presença também o Presidente do CHEGA Açores, José Pacheco, e restantes membros da lista do CHEGA pelos Açores, Francisco Lima ouviu a responsável da AHRESP nos Açores, Cláudia Chaves, reforçar as dificuldades com que se debatem os empresários que representam, não só ao nível da mão-de-obra, mas também das exigências do Estado, quer em termos de impostos, quer de regras “absurdas e grotescas”, nas palavras de Francisco Lima.

“Os empresários querem aumentar os vencimentos dos trabalhadores, mas se aumentam mais 200 euros, significa que têm de pagar mais 500 euros ao Estado. O Estado é o maior sócio das empresas, mas que nunca aparece, só aparece para receber dinheiro, para causar dificuldades e para arranjar problemas. Um sócio destes não interessa”, argumentou Francisco Lima que defende a baixa de impostos.

“Os empresários em Portugal são quase perseguidos como bandidos, quando deviam ser enaltecidos e acarinhados. O Estado só lhes arranja novos impostos, e nos Açores temos uma dupla realidade. Há ilhas mais pequenas, onde a fiscalização quase que persegue as pequenas empresas. Não é preciso o Governo criar mais polícias para perseguir quem trabalha e quem produz riqueza”, concluiu o cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo dos Açores às eleições de 18 de Maio à Assembleia da República.

CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.