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AÇORES | Bloco leva ao parlamento proposta para acabar com falso outsourcing que prejudica mais de 50 técnicos superiores

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São mais de 50 os assistentes sociais e psicólogos de IPSS que trabalham no Instituto de Segurança Social dos Açores, a desempenhar as mesmas funções do que os seus colegas com vínculo à administração pública, mas com um salário mais baixo. O Bloco de Esquerda vai levar ao parlamento dos Açores uma proposta para acabar com esta injustiça que dura há 20 anos.

António Lima, deputado do Bloco que esteve hoje reunido com representantes deste grupo de técnicos superiores, acusa o governo regional de estar a praticar um “falso outsourcing para poupar recursos à Segurança Social à custa do salário, da carreira e da dignidade destas pessoas”.

Embora realizem o mesmo trabalho, ao fim de 15 anos, por exemplo, estes técnicos superiores continuam a ganhar menos do que um colega no início de carreira com vínculo à Segurança Social.

António Lima lembra que o PSD, antes de liderar o governo regional, classificava esta situação como ilegal e prometeu em campanhas eleitorais acabar com esta injustiça. No entanto, isso nunca aconteceu.

O Bloco já apresentou várias propostas nos últimos anos, em sede de Orçamento da Região, para resolver este problema, mas “nenhuma destas soluções teve aprovação, nem com os governos do PS, nem com os governos do PSD, CDS e PPM apoiados pelo Chega”, assinalou o deputado.

António Lima garante que não vai desistir desta luta e anunciou que o Bloco vai levar mais uma vez o assunto ao parlamento, com uma proposta legislativa para garantir a equiparação das carreiras dos técnicos superiores das IPSS ao serviço da Segurança Social às dos seus colegas da administração pública, através de um processo que será negociado com as entidades patronais e com os sindicatos.

BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.