O Vice-Presidente do Governo, Artur Lima, defendeu hoje que o Serviço Regional de Saúde do futuro deve servir os Açorianos por igual, privilegiar a humanização dos cuidados ao doente e corresponder às necessidades dos doentes deslocados, “porque são os doentes a razão da existência do Serviço Regional de Saúde”.
“Não podemos ter hesitações quanto à defesa intransigente do Serviço Regional de Saúde, o porto seguro não só para muitos Açorianos das ilhas mais pequenas, como também para Açorianos das ilhas com hospital que, bastas vezes, necessitam de outro tipo de cuidados no exterior da Região”, sublinhou.
O governante falava na sessão de encerramento do Fórum Saúde 2030 – Pensar, Reorganizar, Realizar, que decorreu hoje no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, onde afirmou que “o Serviço Regional de Saúde tem que ser liderante para servir os Açorianos com equidade, num sistema que coexista em articulação com a iniciativa privada e social, mas sem olvidar que a resposta pública é – e deverá continuar a ser – a joia da coroa, no que respeita a cuidados de saúde”.
O Vice-Presidente do Governo adiantou que o Serviço Regional de Saúde poderá estabelecer parcerias com o privado e com o social, não para satisfazer as necessidades destes, mas tão-só e apenas quando se revele necessário atender às necessidades dos doentes.
Na ocasião, Artur Lima defendeu também um “Serviço Regional de Saúde moderno” que assegure aos utentes cuidados de saúde assentes em valores como o “humanismo ou a proteção da dignidade do doente”.
“Oferecer cuidados mais humanizados é tratar com respeito o doente, atendê-lo a tempo e horas, responder com eficácia às necessidades de tratamento ou intervenção cirúrgica”, reiterou, elogiando o trabalho e empenho de todos os profissionais de saúde e gestores hospitalares, destacando, em particular, nesta matéria, o bom exemplo que tem sido dado pelo Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES).
Artur Lima lembrou ainda que na área da solidariedade social se têm desenvolvido respostas inovadoras e diferenciadas para acompanhar os doentes deslocados e as respetivas famílias.
“São estes os doentes que sofrem mais e, por isso, deve o Governo continuar atento ao que precisam”, frisou.
“Foi o que fizemos já este ano com a inauguração de uma casa de acolhimento para doentes deslocados no norte do país”, num investimento de mais de meio milhão de euros, concluiu.
GRA/RÁDIOILHÉU