
O deputado José Paulo Sousa começou por reconhecer a necessidade de se actualizar a organização e funcionamento do Sistema Eléctrico da Região, tendo em conta uma nova realidade da energia eléctrica. Alertando que, ao nível da transição energética, a proposta do Governo Regional fica “aquém da ambição, da visão estratégica e da capacidade de antecipar o futuro que hoje são exigidas, sobretudo numa Região insular como a nossa, que conhece bem o custo económico da dependência energética”.
O parlamentar lembrou também as dificuldades de integração da energia renovável na rede, dando conta que tal fica a dever-se à falta de armazenamento e deixou um lembrete ao Governo Regional que “tem vindo a adiar os investimentos prometidos em armazenamento de energia em várias ilhas”.
José Paulo Sousa referiu que o diploma “não coloca o armazenamento no centro da estratégia, nem sequer abre de forma clara a porta ao armazenamento privado”, referindo que “sem armazenamento podemos ter mais e mais produção renovável instalada, que vamos continuar sem conseguir injetá-la na rede”.
Por sua vez, o deputado Francisco Lima destacou o apoio que é dado à Região para que a electricidade tenha “preços razoáveis” para os Açorianos, questionando se existe alguma alternativa para a possibilidade desse apoio deixar de ser dado.
O parlamentar questionou se a Região “vai permitir haver concorrência no sistema ou vamos continuar a ter um pouco de subsídio-dependência da ERSE?”, disse.
O diploma que estabelece a organização e o funcionamento do Sistema Eléctrico da Região Autónoma dos Açores foi aprovado, com propostas de alteração do CHEGA para enriquecer o diploma, tornando-o mais permissivo a investimento privado ao nível do armazenamento e na salvaguarda de quem já investiu e tem investimentos em curso.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU






