Mercados Internacionais – Tarifas continuam no radar
A sessão nos EUA encerrou praticamente estável, com o S&P 500 a registar uma queda marginal de 0,07%, enquanto o Nasdaq avançou 0,03%. Ambos os índices futuros estão atualmente em queda de 0,11%. Os mercados asiáticos estão a apresentar um sentimento misto, no meio da incerteza em torno das tarifas dos EUA. O JAP225 está em queda de 0,4%, e o CHN.cash da China caiu 0,66%. Por outro lado, o CH50cash, que representa as 50 maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, ganhou mais de 0,8%.
Donald Trump anunciou a sua intenção de enviar uma carta detalhando um acordo comercial à União Europeia nos próximos dias. Fontes dentro da UE indicam que um acordo provisório é esperado ainda esta semana, com uma tarifa de 10% como base. Donald Trump também estaria exigindo uma tarifa de 17% sobre produtos agrícolas; deve apresentar hoje os termos comerciais para sete países.
De acordo com Bessent, as receitas tarifárias deverão ultrapassar os 300 mil milhões de dólares este ano, tendo já atingido os 100 mil milhões. Só em maio, as receitas tarifárias quadruplicaram em comparação com o mesmo período do ano passado.
Donald Trump anunciou ontem a imposição de uma tarifa de 50% sobre o cobre, com efeito em 30 dias:
• Os preços do cobre na COMEX subiram até 12% em determinado momento, enquanto os preços da LME permaneceram praticamente inalterados.
• É importante notar que a discrepância de preços entre a COMEX e a LME este ano tem sido substancial, impulsionada por preocupações com as tarifas dos EUA. • Potencialmente, as novas tarifas podem reduzir as exportações de cobre para os EUA, aumentando a disponibilidade da oferta em outras regiões globais e, assim, reduzindo a pressão sobre os preços em outras bolsas.
• Países como Chile, Peru e México devem ser os mais afetados pelas tarifas sobre o cobre.
EURUSD mantém baixa volatilidade e permanece acima do nível 1,1700. O ouro continua em queda, sendo negociado ligeiramente abaixo de 3.300 dólares por onça.
O World Gold Council informa que as reservas de ouro em ETFs aumentaram quase 400 toneladas no primeiro semestre do ano, atingindo aproximadamente 3.600 toneladas. Este é o maior aumento em cinco anos. O recorde para o ouro em ETFs foi estabelecido em outubro de 2020, com cerca de 3.900 toneladas. O aumento das reservas de ouro em ETFs reflete a forte procura por ativos seguros.
O RBNZ manteve as taxas de juro estáveis em 3,25%, uma decisão que se alinhou com as expectativas do mercado.
Destaques da manhã
A taxa de inflação da China subiu para 0,1% em termos homólogos, superando as expectativas de 0,0% em termos homólogos, face a uma leitura anterior de -0,1%. Isto marca o primeiro registo positivo da inflação desde março.
O mercado antecipa que o RBA, que manteve as taxas de juro inalteradas ontem, voltará a reduzir as taxas em agosto.
A Goldman Sachs elevou a sua previsão para o S&P 500 de 6100 pontos para 6600 pontos. A empresa antecipa lucros corporativos fortes, novos cortes nas taxas pela Fed e pressão inflacionária limitada por parte das tarifas.
Kevin Hassett está a ser considerado para o cargo de presidente da Fed, de acordo com o Wall Street Journal. Hassett, conselheiro económico de Donald Trump, é visto como o candidato menos independente para o cargo. Especulações anteriores para o cargo de presidente da Fed incluíam Bessent, Lutnick ou os atuais membros do FOMC Waller ou Bowman.
Calendário Macro – minutas FOMC
O calendário macroeconómico para o dia é relativamente calmo, mas alguns eventos importantes merecem atenção. O mais significativo será a publicação das minutas da última reunião do FOMC. Nessa reunião, a Reserva Federal optou por manter as taxas de juro inalteradas, enfatizando a margem limitada para cortes iminentes. No entanto, comentários recentes do presidente Powell sugeriram que reduções nas taxas continuam a ser uma possibilidade ainda este ano, com setembro emergindo como a data mais provável para o início.
Hoje cedo, a taxa de inflação da China subiu para 0,1% em termos homólogos, marcando o primeiro aumento desde março. Por outro lado, a inflação do Índice de Preços no Produtor (IPP) registou uma queda mais acentuada para território negativo, indicando que as pressões desinflacionárias persistem. O Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) manteve as suas taxas de juro, embora o dólar neozelandês (NZD) esteja atualmente a ser vendido em relação ao dólar australiano (AUD).
Agenda de hoje:
● 11h45: EMU – Discurso do economista-chefe do BCE, Philip R. Lane ● 13h15: Alemanha – Discurso de Nagel, do Bundesbank
● 15h00: EUA – Stocks no comércio grossista dos EUA para maio (previsão: -0,3% m/m; anterior: 0,2% m/m)
● 15h30: EUA – Stocks de petróleo bruto dos EUA pelo DOE (Previsão: -2,6 milhões de barris; Leitura API: +7,13 milhões de barris)
● 19h00: EUA – Minutas da FOMC
XTB/RÁDIOILHÉU
