O Grupo Municipal da Coligação PSD/CDS/PPM na Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo absteve-se do último Orçamento para 2025, não se revendo num documento “que mantém um arrastar de promessas e de obras que se prolongam por demais no tempo, como é exemplo evidente a construção do novo Mercado Municipal”.
Segundo a deputada municipal do PSD Luísa Barcelos, “a nossa posição acontece face a um orçamento de continuidade e de conclusão do terceiro mandato de Álamo Meneses em Angra do Heroísmo, em consonância com a abordagem do Grupo Municipal da Coligação PSD/CDS/PPM, além de que o Orçamento não inclui qualquer proposta apresentada pela oposição, o que se lamenta”, adianta.
“O exemplo mais flagrante desse arrastar das coisas é o Mercado Municipal de Angra do Heroísmo, uma obra aguardada há mais de 20 anos, que já poderia estar pronta e em funcionamento há pelo menos 5 anos, não fosse a teimosia e a intransigência deste executivo socialista na Câmara Municipal”, refere.
“Identificamos também a necessidade de se intervir no reordenamento urbano da cidade de Angra do Heroísmo, por forma a agilizar o trânsito nas zonas de maior tráfego, que diariamente se encontra congestionado, como acontece entre o Alto das Covas e o Fanal, e entre a Praça Almeida Garrett e a Rua da Guarita”, diz Luísa Barcelos.
“Outra reivindicação que parece não ter resolução prende-se com o estacionamento em Angra do Heroísmo, mormente o silo automóvel junto ao Tribunal de Angra do Heroísmo”, acrescenta a social-democrata.
Segundo o Grupo Municipal da Coligação PSD/CDS/PPM “está em falta um reforço de verbas entre o município de Angra do Heroísmo e as Juntas de Freguesia, no que se refere às transferências decorrentes das delegações de competências, que constrangem o normal funcionamento das Juntas de Freguesia”, critica a deputada.
Da mesma forma, Luísa Barcelos lembra que Angra do Heroísmo “teve acesso a mais de 90 milhões de euros para investir em Habitação, no âmbito do PRR, e tem vindo a fazer um esforço para a execução desse avultado montante. Mas é necessária uma atenção especial após a conclusão das empreitadas e a entrega das moradias, no que se refere ao acompanhamento dos beneficiários e ao necessário equilíbrio da boa gestão da coisa pública e da manutenção do edificado público e dos recursos”, explica.
Outra preocupação manifestada tem a ver “com a necessidade de adequar as prioridades de intervenção ao mapa de pessoal existente na autarquia, que é parco e envelhecido, não existindo qualquer estratégia de reforço e de rejuvenescimento em setores-chave para o bom funcionamento da edilidade”, continua.
“Ao longo do atual mandato, temos vindo a sinalizar a falta de recursos humanos da Câmara Municipal, que leva a situações de burnout e de desmotivação dos funcionários”, diz mesmo a deputada eleita pela Coligação.
Sobre a apreciação ao Orçamento para 2025, Luísa Barcelos sublinha que “não votamos contra, reconhecendo que o documento apresenta valias para a população angrense, como o não-aumento direto de impostos e taxas municipais, seguindo uma tendência de endividamento zero”.
A deputada municipal social-democrata conclui reforçando “a nossa continuada abordagem como oposição séria, crítica, robusta e construtiva, que reconhece as medidas que são positivas, mas que não pode deixar passar em branco tantas outras áreas que devem merecer a atenção e a prioridade da Câmara Municipal”.
PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU