AÇORES | Evacuações médicas: CDS-PP defende recursos financeiros adequados para as Forças Armadas
O Grupo Parlamentar do CDS-PP considera “imperativo” que os Açores disponham de “um sistema de evacuações aéreas capaz de responder com eficácia às nossas populações”, nomeadamente em situações de emergência, atendendo aos desafios inerentes à prestação de cuidados de saúde numa região insular e ultraperiférica.
A este propósito, o deputado Jorge Paiva afirma ser “desejável que o Estado acautele os recursos financeiros necessários” para que as Forças Armadas possam “cumprir a sua missão de evacuações aéreas com equipas e tripulações em número suficiente, pondo sempre em primeiro lugar a preservação da vida humana”.
Quanto à atribuição de competências, o Grupo Parlamentar do CDS-PP entende que “as evacuações aéreas inter-ilhas e entre os Açores e o continente ou a Madeira são uma responsabilidade do Estado Português”, competindo a este “garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde em tempo útil”.
“A solidariedade nacional e a continuidade territorial são princípios que devem ser respeitados, e cabe ao Estado corrigir as desigualdades estruturais que a insularidade nos impõe”, afirmou Jorge Paiva.
Para o deputado do CDS-PP, cumpre reconhecer o “papel insubstituível que as Forças Armadas, em particular a Força Aérea, têm desempenhado nos Açores”, apesar do almejado reforço de meios.
Recorde-se “o caso da crise sismo-vulcânica na ilha de São Jorge”, ao qual as Forças Armadas deram uma “resposta à altura das expetativas dos Açorianos”, exemplar no que concerne “a sua missão de socorro e proteção da saúde”.
Nos Açores, a insularidade e a ultraperiferia acentuam a importância da “complementaridade e redundância de serviços”, capaz de assegurar a “todos os Açorianos, sem exceção” o acesso a cuidados de saúde, independentemente do lugar onde vivem e das circunstâncias que possam surgir.
Quanto ao Serviço Regional de Saúde, o deputado do CDS-PP aproveitou para manifestar o “justo reconhecimento” aos profissionais “médicos, enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais” de todas as unidades de saúde de Ilha e dos três hospitais “pelo valoroso trabalho diário em prol da saúde dos Açorianos, 24 horas por dia, sem feriados nem fins de semana”.
É de realçar, particularmente, a assistência médica que “continuou a ser assegurada pelo Serviço Regional de Saúde num registo de complementaridade e redundância”, na sequência do incêndio que afetou o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada no passado mês de maio, “onde os utentes internados foram todos evacuados de uma forma rápida e exemplar, sem perda de vidas humanas”.
CDS/AÇORES/RÁDIOILHÉU